Aposta nos drones por parte do Comando Operacional da Madeira é para continuar
Teve lugar esta terça-feira a rendição do Comandante Operacional da Madeira, com Lopes da Silva a suceder a Rui Tendeiro
A aposta nos meios a aéreos não tripulados por parte do Comando Operacional da Madeira é para manter. Essa foi a garantia deixada hoje, no âmbito da tomada de posse no novo comandante, o major-general Paulo Lopes da Silva.
O novo coordenador das Forças Armadas na Madeira destacou a importância do projecto dos drones, classificando-o de “muito importante”, reconhecendo que o mesmo “tem vindo a ganhar grande dimensão e reconhecimento”.
O desenvolvimento tecnológico iniciado pelo comandante cessante foi elogiado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, que marcou presença na cerimónia, que, no seu discurso, fez questão de associar a utilização desses meios à vigilância do território, mas também à interoperabilidade de forças existentes na Região.
Nunes da Fonseca apontou que os três meios das Forças Armadas representados na Madeira estão dotados dos “meios capazes de cumprirem a missão que está atribuída a cada um dos ramos e à componente conjunta”, com os quais, de resto, têm vindo a “responder com toda a prontidão”, não deixando de notar que as mesmas não se resumem aos meios existentes na Madeira.
Questionado se os problemas que marcaram a acção da Força Aérea, no ano passado, no Porto Santo, deverão voltar a acontecer, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas “o mais importante é que quaisquer situações de certo modo imprevisíveis ou negativas que possam ter ocorrido sejam efectivamente analisadas e que se perspectivem soluções de curto prazo”, destacando que tudo será feito para sanar situações dessa natureza.
Sobre um maior investimento no âmbito das Forças Armadas, atendendo também ao panorama geo-político internacional, aquele responsável máximo reconhece o investimento feito pelo Ministério da Defesa e garante que haverá mais dinheiro para o que for necessário.
No que toca aos recursos humanos, Nunes da Fonseca realça que o serviço militar obrigatório é algo que não está em cima da mesa, preferindo, antes, destacar o esforço feito para reter e captar novos quadros para as Forças Armadas.
Novo comandante focado nas pessoas
Aos jornalistas, o major-general Paulo Jorge Lopes da Silva diz chegar com a vontade de valorizar os recursos humanos que estão afectos ao Comando Operacional da Madeira, mas também todas as pessoas a quem servem, referindo-se, no caso em particular aos madeirenses.
O novo Comandante Operacional da Madeira não deixa, ainda assim, de colocar o foco da sua acção na Região na “excelente relação institucional que existe e que se vai manter” com as diferentes entidades locais, estabelecendo como prioridade, num primeiro momento, o contacto com todas as entidades e instituição, procurando garantir que a mudança de comandante não altera a “boa relação existente”, recusando, ao mesmo tempo, qualquer impacto da instabilidade política que marca a actualidade regional.
Ao assumir estas suas novas funções, Lopes da Silva reconhece a fasquia elevada deixada pelo desempenho de Rui Tendeiro, mas apresenta-se empenhado em fazer melhor, procurando “dar sequência ao excelente trabalho que foi feito”, apoiando todos os madeirenses naquilo que são as suas necessidades e em situações de excepção, como as catástrofes naturais.