Sindicato considera "estranha e intempestiva" a indignação do SESARAM
O presidente da estrutura sindical recusa qualquer quebra de sigilo e refere que a "crónica situação criada pelo Serviço Regional de Saúde" é uma das principais causas dos "constrangimentos no Serviço de Urgência"
"Condenável é a falta de planeamento para dar as devidas respostas na prestação de cuidados de saúde pré e pós-hospitalar aos cidadãos, evitando a sobrecarga do serviço de urgência", diz Juan Carvalho Ascenção.
O Sindicato dos Enfermeiros da Região (SERAM) rejeita qualquer incumprimento da sua parte na visita que alguns dos seus elementos fizeram ao Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça, na passada terça-feira, dia 14 de Janeiro, e considera "estranha e intempestiva" a indignação do Serviço de Saúde da Região (SESARAM).
Em resposta às críticas feitas, no início desta noite, por aquela empresa pública do sector da Saúde, Juan Carvalho Ascenção, numa nota remetida há pouco à comunicação social, aponta o "contacto, o diálogo e a proximidade dos dirigentes sindicais com os enfermeiros" como "um desígnio fundamental da actividade sindical".
O presidente do SERAM reforça ter informado o SESARAM da visita realizada, notando que na ida ao Serviço de Urgência puderam constatar a "sobrecarga de trabalho para todos os enfermeiros que exercem no respectivo serviço", recusando estar ao lado dos enfermeiros apenas quando tudo está bem. "O SERAM não vira as costas aos enfermeiros quando estes estão em dificuldades", nota o sindicalista.
Marco Livramento , 16 Janeiro 2025 - 19:44
No que toca às acusações feitas pelo SESARAM, Juan Carvalho nega ter havido "qualquer quebra de sigilo profissional", garantindo ter sempre sido cumprimentos a privacidade e confidencialidade dos doentes.
Além disso, o sindicato realça que a "crónica situação criada pelo Serviço Regional de Saúde" é uma das principais causas dos "constrangimentos no Serviço de Urgência", nomeadamente a falta de profissionais, como sejam enfermeiros, a falta de medicamentos, de equipamentos e de outros bens.
Por isso, Juan Carvalho salienta que "condenável é a falta de planeamento para dar as devidas respostas na prestação de cuidados de saúde pré e pós-hospitalar aos cidadãos, evitando a sobrecarga do serviço de urgência". E termina garantindo que "em momento algum a visita do SERAM interferiu com o normal e regular funcionamento do Serviço de Urgência" e "estranha indignação porque o SESARAM não harmoniza o seu posicionamento com outras visitas de idêntica magnitude, pressupondo uma intencionalidade sem nexo".