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EUA adicionam 37 entidades chinesas à 'lista negra' após incidente com 'balão espião'

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Os Estados Unidos adicionaram hoje 37 entidades chinesas à sua 'lista negra' comercial, incluindo empresas associadas ao sobrevoo de território norte-americano, em 2023, por um alegado 'balão espião', a capacidades de tecnologia quântica ou ao programa nuclear chinês.

O Departamento de Comércio norte-americano revelou que também tem como alvo aqueles que procuram adquirir produtos dos EUA para aprimorar as capacidades de tecnologia quântica da China.

"Essas atividades têm aplicações militares substanciais e constituem uma ameaça significativa à segurança nacional americana", realçou o Comércio dos EUA, em comunicado.

As empresas foram adicionadas à "lista de entidades" que não podem obter itens e tecnologia dos EUA sem autorização governamental.

Algumas entidades visadas também estão ligadas a avanços nos programas nucleares da China, ou "envolvidas no envio de itens controlados para a Rússia" após a invasão da Ucrânia por Moscovo em 2022, acrescentou o Departamento de Comércio.

"Devemos permanecer vigilantes nos nossos esforços para impedir que tais entidades acedam a tecnologias dos EUA que possam ser utilizadas de formas que prejudiquem a nossa segurança nacional", frisou o subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, Alan Estevez, citado no comunicado.

Em fevereiro de 2023, o Departamento do Comércio já tinha adicionado seis entidades chinesas à lista de restrições comerciais após o incidente do 'balão espião'.

Este dispositivo atravessou os Estados Unidos de oeste a leste, do Alasca à Carolina do Sul, do final de janeiro ao início de fevereiro de 2023.

De acordo com os 'media' norte-americanos, terá passado por instalações militares estratégicas.

O balão foi abatido no dia 04 de fevereiro sobre o Atlântico e os seus destroços foram recuperados pelo Exército norte-americano, que desde então tem estudado o seu conteúdo.

O incidente afetou as relações já conturbadas entre Pequim e Washington e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelou uma viagem há muito planeada à China.

Washington garantiu que se tratava de um 'balão espião' chinês, o que Pequim negou, alegando que tinha entrado involuntariamente no espaço aéreo norte-americano.