Ventura o “ridículo”

André Ventura (AV) escreveu “Por favor, se eu algum dia andar publicamente a implorar por coligações - ou melhor, Alianças - à direita ou o centro direita...e ninguém me ligar nenhuma, afastem-me da liderança do CHEGA. Internem-me pela figura ridícula. Mandem-me fazer programas com o Castelo Branco ou com o Cláudio Ramos”.

AV chamou “bordel espanhol” à AD sem que se perceba a comparação e ainda menos a nacionalidade, talvez por AV dar preferência aos bordeis espanhóis em vez dos portugueses o que seria de todo contraditório com o seu nacionalismo bacoco.

Depois de pedir para o internarem e insultar a AD vem agora com a sua “ridícula”, descarada, contraditória e desmesurada insistência “implorar” para entrar a todo o custo no governo esquecendo-se que ao contrário dos bordeis, o direito de admissão é reservado apenas a democratas requisito que ele sempre que pode dá mostras de não possuir.

AV acha que os votos dos portugueses no Chega uns por convicção (fascistas e quejandos) outros revoltados por se sentirem ignorados nos últimos 9 anos pelos governos do PS de António Costa (AC), lhe dão o direito de ir para o governo como se esses votos valessem mais do que os votos dos mais de 3 milhões de votantes, descontando os da AD, que votaram nos outros partidos.

O PS e AC sempre pretenderam com as suas falsas insinuações e deturpações, em vez de criticar objetivamente AV pela sua deriva antidemocrática, tentar colar o PSD ao Chega para que este crescesse e acelerasse o desaparecimento do PSD, saiu-lhes contudo o tiro pela culatra nestas eleições já que foi o PS quem perdeu mais votos para o partido de AV.

AC e AV contribuíram para o extremismo de direita em Portugal por serem mistificadores sempre prontos a não cumprir as promessas que fazem e a dar o dito por não dito do que afirmam.

Pela figura “ridícula” que anda a fazer ao “implorar” um acordo de governo, AV se honrasse a sua palavra cumpriria o que prometeu demitia-se do Chega e internava-se.

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