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Canadá inclui líder do Hamas em Gaza na lista de sanções

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Foto AFP

O Canadá anunciou hoje a imposição de sanções a 11 membros do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), incluindo o líder na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, e o chefe das Brigadas de Ezzeldín al Qassam, Mohamed Deif.

"Com efeito imediato, o Canadá impôs sanções contra onze indivíduos em resposta ao ataque do Hamas contra Israel que ocorreu em 07 de outubro de 2023, e à ameaça que o Hamas e seus afiliados representam para a segurança regional", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá, em comunicado citado pela Europa Press.

Assim, juntamente com Sinwar e Deif, o Governo canadiano incluiu outros oito membros do Hamas na sua lista de membros sancionados, entre os quais está o 'número dois' das brigadas Al Qassam, Marwan Iça, e o líder militar da Jihad Islâmica, Akram al Ajuri.

As medidas adotadas pelo Canadá significam que estes onze palestinianos estão proibidos de realizar transações em território canadiano ou com empresas do país.

Otava vai também congela os ativos financeiros que os identificados possam ter no país, conforme especificado no Regulamento de Medidas Económicas Especiais.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 123.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 27.500 mortos, 67.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 380 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.