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Investigação Judicial Madeira

Antigo procurador classifica de "excessiva" a operação que conduziu à actual crise política na Madeira

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Foto Frame SIC Notícias

O antigo procurador-geral da República Cunha Rodrigues classificou de "excessiva" a operação desencadeada a 24 de Janeiro, na Madeira, por suspeitas de corrupção em vários contratos públicos, que levou à detenção de Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia, e que culminou na actual crise política que afecta a Região. 

Em declarações ao canal televisivo SIC Notícias, o antigo responsável máximo do Ministério Público, esta terça-feira, diz mesmo que, com as buscas realizadas, foi criado "um contexto que devia ser explicado" e considera que a Justiça está a perder confiança.

As forças armadas são elementos que têm a seu cargo uma série de funções, principais e acessórias, e que estão perfeitamente definidas. e foi essa ideia que eu disse: reunir-se todos os elementos, o número de intervenientes, o facto de se usarem vias militares, o facto de jornalistas terem noticiado esses factos criou um contexto que devia ser explicado.  José Cunha Rodrigues, antigo procurador-geral da República 

Referindo-se às declarações que fez nos dias seguintes ao início da operação, Cunha Rodrigues aponta não ter nenhum elemento que lhe permita dizer se a intervenção deveria ou não ter sido feita naquela data, mas reafirma que a "operação foi excessiva e devia ser explicada".