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PSD alerta para cansaço dos eleitores e responsabiliza PS por instabilidade recente

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O presidente do PSD avisou hoje que "as pessoas estão fartas de eleições e de jogos políticos" e responsabilizou o PS pela instabilidade governativa que levou a legislativas antecipadas em 2022 e no próximo dia 10 de março.

Num almoço com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Luís Montenegro foi desafiado pelo presidente desta entidade, Francisco Calheiros, a dizer como garantirá a estabilidade, se for primeiro-ministro, e voltou a defender que a AD (coligação que integra CDS-PP e PPM) é a força política com mais condições para a assegurar.

"Está tudo em aberto, mesmo um cenário de maioria mais robusta tem de ser equacionado", afirmou, numa alusão à maioria absoluta, e considerou até uma "vantagem comparativa" que o PS já tenha dito que não impedirá a formação de um Governo minoritário da AD.

Perante uma plateia da área do turismo, Montenegro avisou que "as pessoas estão fartas de eleições, estão fartas de jogos políticos", dizendo que as duas legislativas antecipadas aconteceram "por incapacidade do PS".

"Em 2021, o Governo caiu porque o PS se desentendeu com o PCP e o BE. Em 2023, o Governo caiu por incapacidade do PS -- esta mais difícil de explicar porque havia maioria absoluta -- não foi uma zanga do PS com outros partidos, foi no máximo ou no mínimo uma zanga consigo próprio. Não se aguentou, desmoronou-se", criticou.

Em 2021, a Assembleia da República foi dissolvida após o 'chumbo' do Orçamento do Estado e, em novembro do ano passado, o primeiro-ministro, António Costa, demitiu-se após ter sido tornado público pela Procuradoria-Geral da República que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e decidiu dissolver o parlamento e marcou eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Caso vença as eleições sem maioria absoluta, o presidente do PSD reiterou que governará em maioria relativa "numa perspetiva de diálogo permanente" com os restantes partidos e com forças institucionais e sociais.