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Marrocos favorito juntamente com Senegal e Egito, de Rui Vitória

Foto DR/CAF
Foto DR/CAF

A Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2023) arranca no sábado na Costa do Marfim, com Marrocos a apresentar-se como um dos principais favoritos, assim como o campeão Senegal e o Egito, de Rui Vítoria, recordista de títulos.

Além dos 'suspeitos' do costume, numa lista em que se juntam ainda Nigéria, de José Peseiro, Camarões e Gana, a 34.ª edição promete ser a mais lusófona de sempre, com a presença de três treinadores lusos (Pedro Gonçalves lidera Angola) e seleções como Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique entre as 24.

Embora tenha pouca tradição na maior competição africana de seleções, Marrocos (venceu apenas uma vez, em 1976) chega à Costa do Marfim como um dos principais favoritos a levantar o troféu, muito por 'culpa' da campanha realizada no último Mundial2022, em que alcançou o quarto lugar, deixando equipas como Portugal pelo caminho.

No Qatar, os marroquinos protagonizaram a melhor campanha de sempre de uma seleção africana num Campeonato do Mundo e vão disputar a CAN2023 com praticamente a mesma estrutura, ainda liderada pelo técnico Walid Regragui, um 'herói' nacional.

Logo na fase de grupos, Marrocos tem tudo para conquistar o Grupo F, já que o sorteio colocou Congo, Tanzânia e Zâmbia no caminho dos norte-africanos.

Já o Egito, recordista, com sete títulos, o último em 2010, terá o Gana, sempre um rival difícil, no Grupo B, assim como Cabo Verde e Moçambique, seleções que falam a mesma língua de Rui Vitória.

O técnico português vai tentar 'dar' a Mo Salah, a grande 'estrela' egípcia e uma das grandes figuras desta edição da prova, um dos poucos títulos que lhe falta, depois de o avançado do Liverpool ter ficado muito perto em 2017 e 2021, quando perdeu em ambas ocasiões na final, a última sob o comando de outro português, Carlos Queiroz.

Por seu lado, o Senegal, que conquistou o seu primeiro título em 2021 e continua liderado em campo por Sadio Mané, terá de enfrentar logo na fase de grupos os Camarões, outro histórico do futebol africano, equipa campeã cinco vezes, a última em 2017.

Outro eterno candidato à conquista da CAN é a Nigéria, agora liderada por José Peseiro, com o português a chegar à competição a tentar a dar o primeiro título desde 2013, embora em condições adversas e até bizarras.

A própria federação nigeriana, no final de 2023, insatisfeita com os resultados desportivos, assumiu o desejo de despedir o antigo treinador de Sporting, FC Porto e Sporting de Braga, mas viu-se obrigada a mantê-lo por não ter condições para pagar a indemnização estabelecida no contrato.

Peseiro terá na fase de grupos de medir forças com o anfitrião, a Costa do Marfim, que também sonha com o seu terceiro título, num agrupamento que ainda inclui a Guiné-Equatorial e a Guiné-Bissau.

Os dois primeiros lugares de cada grupo dão acesso direto aos oitavos de final, em que estarão também os quatro melhores terceiros classificados.

O jogo inaugural será no sábado entre Costa do Marfim e Guiné-Bissau, no Estádio Alassane Ouattara, recinto em Abidjan com capacidade para 60 mil espetadores e que também irá receber a final, em 11 de fevereiro.

Por questões meteorológicas e logísticas, a CAN2013 foi adiada para o início de 2024, com a Costa do Marfim a receber a competição pela segunda vez.

Lusófonos com tarefas complicadas

As equipas lusófonas vão ter tarefa complicada para passarem a fase de grupos da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2023), com Cabo Verde a ser, em teoria, o mais forte candidato aos oitavos de final.

Na Costa do Marfim, de sábado a 11 de fevereiro, Cabo Verde surge como seleção de língua portuguesa mais bem colocada no ranking mundial da FIFA, na 73.ª posição, seguida de Guiné-Bissau (103.ª), Moçambique (111.º) e Angola (117.ª).

Os 'tubarões azuis' têm sido, nos últimos anos, a mais forte entre os países lusófonos e vão participar na CAN pela quarta vez, procurando, pela terceira vez, passar a fase de grupos.

Integrado no Grupo B, Cabo Verde vai lutar pelo apuramento (destinado aos dois primeiros de cada grupo e aos quatro melhores terceiros classificados) com Egito, treinado por Rui Vitória, recordista de títulos e finalista na última edição, e Gana.

Na mesma 'poule', Moçambique vai ter muitas dificuldades para conseguir pela primeira vez vencer um jogo numa CAN, naquela que será a sua quinta participação.

Ausente da principal competição africana de seleções desde 2010, os 'mambas' apenas conseguiram dois empates nos 12 jogos disputados na CAN.

Em crescimento nos últimos anos, a Guiné-Bissau vai estar pela quarta vez consecutiva na CAN e pode, finalmente, assegurar o primeiro triunfo na prova, contando apenas com um empate em nove jogos e sem qualquer golo nas duas últimas presenças.

Contudo, a tarefa dos 'djurtus' não será fácil, uma vez que vai defrontar no Grupo A a anfitriã Costa do Marfim e a sempre forte Nigéria, treinada por José Peseiro, além da Guiné Equatorial.

Seleção com mais historial na CAN, Angola, orientada pelo luso Pedro Gonçalves, está longe dos seus melhores momentos e vai tentar repetir as presenças na segunda fase de 2008 e 2010, ano em que organizou a competição.

Esta será o nona presença dos 'palancas negras' na CAN, ficando num Grupo E menos forte do que os dos outros conjuntos lusófonos, frente a Argélia, campeã em 2019, Burkina Faso e Mauritânia.