As 13 forças políticas que concorrem às eleições legislativas regionais da Madeira, agendadas para 24 de setembro, preveem gastar um total de 1.183.816,95 euros durante a campanha, segundo os orçamentos publicados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP).

O PS é o partido que prevê gastar mais durante a campanha, que decorre de domingo a 22 de setembro, apresentando um orçamento de 400 mil euros, ao passo que o MPT não estima investir qualquer quantia.

Para as eleições de 24 de setembro, foram validadas 13 candidaturas, correspondendo a duas coligações (de dois partidos cada uma) e outros 11 partidos.

O sorteio do boletim de voto colocou o Partido Trabalhista Português (PTP) em primeiro lugar, seguido de Juntos Pelo Povo (JPP), Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Chega (CH), Reagir Incluir Integrar (RIR), Partido da Terra (MPT), Alternativa Democrática Nacional (ADN), Somos Madeira (coligação PSD/CDS-PP), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Livre (L), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e Iniciativa Liberal (IL).

O orçamento da candidatura do Chega -- 50 mil euros -- foi entregue três dias após o prazo legal.

Segundo os orçamentos divulgados pela ECFP, órgão independente que funciona junto do Tribunal Constitucional, dos 400 mil euros que o PS estima gastar, 200 mil euros referem-se a comícios e espetáculos, 70 mil euros a propaganda, comunicação impressa e digital, e 46 mil euros a brindes e ofertas, por exemplo.

Já PSD e CDS-PP preveem uma despesa total de 380 mil euros: 100 mil euros em comícios e espetáculos, 90 mil em propaganda, comunicação impressa e digital, e 75 mil euros em brindes, entre outras rubricas.

A terceira força política com o orçamento de campanha mais elevado é a CDU, com 110.000 euros, seguindo-se o JPP, com 96.000, a IL, com 60.000, o Chega, com 50.000, o BE, com 42.717,85, o PAN, com 30.099,10, a ADN, com 8.000, o Livre, com 3.500, o RIR, com 2.000, o PTP, com 1.500.

Entre as 13 candidaturas, apenas o Livre concorre pela primeira vez às regionais da Madeira.

Em 2019, concorreram 17 listas, tendo sido estimada uma despesa global na campanha de 1,3 milhões de euros. Nesse ano o PS também liderou as despesas previstas, com 370 mil euros, seguido pelo PSD, com 360 mil euros, e o Aliança, com 140 mil euros, partido que este ano não se apresenta a votos.

Nesse ato eleitoral, o MPT também não gastou qualquer quantia.

Em 2019, o PSD perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976. Elegeu 21 deputados e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.