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Nações Unidas precisam de quase 180 milhões de euros para refugiados palestinianos até final do ano

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A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) advertiu ontem que necessita entre 160 e 180 milhões de euros para "manter os serviços básicos" para os refugiados até ao final deste ano.

"A agência poderá não ser capaz de continuar a desempenhar o seu papel da mesma forma durante muito mais tempo", lamentou o comissário-geral, Philippe Lazzarini, falando hoje numa sessão do Conselho da Liga Árabe no Cairo.

O representante da UNRWA afirmou que são necessários mais 70 milhões de euros para continuar a fornecer alimentos "a mais de metade da população" que vive na Faixa de Gaza, palco de um "bloqueio paralisante que priva os habitantes do crescimento económico ou de qualquer tipo de normalidade".

Por isso, Lazzarini apelou aos membros da Liga Árabe para que prestem "apoio financeiro imediato", uma "prioridade essencial e urgente a curto prazo".

"Já se falhou demasiadas vezes aos refugiados", lamentou Lazzarini, recordando que os palestinianos "esperaram 75 anos por uma solução política" que não chegou, enquanto "as necessidades aumentam".

De acordo com as Nações Unidas, cerca de um quarto da população mundial de refugiados é constituída por refugiados da Palestina, de fora do seu país há mais de 70 anos.

No Líbano, há meio milhão de refugiados da Palestina e na Síria há mais meio milhão de palestinianos.

Na Jordânia, há mais de 2 milhões de refugiados e 31% dos que vivem nos campos estão abaixo do limiar de pobreza.

Além disso, cerca de 18.000 refugiados palestinianos chegaram ao país fugindo da guerra da Síria e outros 138.000 são provenientes de Gaza, para os quais o governo jordano não presta assistência e que vivem em condições de grande vulnerabilidade, denuncia a UNRWA.

PJA // RBF