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'Megaoperação' europeia detém 197 no combate ao tráfico internacional de estupefacientes

Fotos DR/Europol
Fotos DR/Europol

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, participou em conjunto com a Europol, no apoio à Polícia Nacional do Reino de Espanha e aos serviços responsáveis pela aplicação da lei da Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Países Baixos, França, Alemanha, Lituânia, Letónia, Estónia, Eslovénia, Bulgária, Polónia, Roménia e Sérvia em 29 investigações, financiadas por vários mecanismos de apoio financeiro da UE e por fundos da Europol, que resultaram na detenção de quase duas centenas de suspeitos de tráfico de estupefacientes e a apreensão de diverso material, entre drogas, armas e dinheiro.

"As operações, em conformidade com as prioridades da UE contra a criminalidade grave e organizada, visaram uma série de redes criminosas envolvidas no tráfico de droga, branqueamento de capitais, fraude e corrupção, entre outros crimes", salienta uma nota da PJ.

"As 29 investigações criminais, conduzidas pela Polícia Nacional de Espanha, em direta colaboração e com o apoio e a participação de outros Estados-Membros da UE e de países terceiros, levaram à detenção de 197 suspeitos de pertencerem a organizações criminosas de 34 nacionalidades", acrescenta a polícia criminal portuguesa.

Especifica que "entre os indivíduos detidos contam-se 33 fugitivos (detectados em cooperação com a rede europeia ENFAST) e 6 membros de alto nível de redes criminosas. Os múltiplos dias de ação conduziram a 114 buscas domiciliárias e a muitas apreensões que totalizaram: quase 5 toneladas de cocaína, mais de 2 toneladas de canábis, 1,7 toneladas de heroína, 28 armas de fogo, 57 veículos, mais de 4 milhões de euros em dinheiro, propriedades com um valor estimado de cerca de 12 milhões de euros e perto de 10 milhões de euros em contas bancárias congeladas".

Mais, acrescenta, que "as investigações visaram redes criminosas que representam uma séria ameaça para a segurança dos cidadãos em todos os Estados-Membros da UE. A operação especial visou especificamente alvos prioritários, de elevado valor e redes criminosas de alto risco, como as que recorrem à corrupção e à violência (frequentemente com armas de fogo) e têm capacidade para importar grandes quantidades de droga".

Faz notar ainda que "o Centro Europeu da Criminalidade Organizada Grave da Europol tem apoiado estas investigações, facilitando o intercâmbio de informações entre as diferentes agências policiais, reunindo os países envolvidos para estabelecer uma estratégia conjunta e preparar as fases finais das diferentes investigações. A Europol assegurou a coordenação operacional, incluindo o apoio no local durante alguns dias de ação".

Além disso, "a Europol tem vindo a desenvolver e a analisar continuamente as informações para apoiar os investigadores no terreno".

Igualmente, "apoiados pela Europol, foram realizadas operações conjuntas em parceria com vários Estados-Membros da UE e países terceiros. Neste contexto, os Estados-Membros da UE e as agências da UE colaboram para fazer face a ameaças criminosas significativas através de ações operacionais coordenadas que visam as redes criminosas e os seus modelos de negócio", sendo que "as investigações prosseguem".