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Faltou medicamento para tratamento de cancro no Hospital do Funchal?

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Alguns familiares de doentes oncológicos admitem estar bastante preocupados depois dos tratamentos dos doentes terem sido adiados.

Ao DIÁRIO referiram que o motivo prende-se com a falta de pelo menos um medicamento para o cancro, que o hospital não terá há dois meses.

Mas será que há ruptura no stock de medicamentos para o cancro?

Segundo um familiar de uma doente, que pediu para não ser identificada, “no hospital só dizem que há ruptura de stock e que não há previsão para a data de chegada deste medicamento”.

A mesma fonte afirma que a mãe, uma pessoa idosa, está em pânico, pois como não consegue fazer o tratamento “pensa que o cancro está a se espalhar pelo corpo e cada dia que passa é um sofrimento maior do que a doença que já tem”.

Fala do ‘lanreótido’, um medicamento utilizado para tratamento de sintomas clínicos associados a tumores neuroendócrinos /carcinóides e tratamento de doença irressecável, localmente avançada ou metastática, em pacientes adultos, sendo que para esta indicação deverá ser utilizada a apresentação de 120 mg.

O DIÁRIO contactou o SESARAM, que explicou que o medicamento ‘lanreótido’ chegou à farmácia hospitalar no passado dia 15 de Setembro e que os utentes estão a ser contactados para os respectivos reagendamentos.

“O fornecimento de medicamentos à farmácia hospitalar está dependente do cumprimento da lei da contratação pública, o que por vezes dificulta a celeridade que se deseja”, esclareceu o SESARAM, informando que mantém o apoio com entrega ao domicílio dos medicamentos a doentes oncológicos, desde que previamente solicitado junto da farmácia hospitalar ou com a equipa de enfermagem do serviço.

“A medicação efectuada no domicílio segue igualmente, um planeamento/controlo de acordo com o previsto na lei, que é de um mês”, acrescenta.

Faltou medicamento para tratamento de cancro no Hospital do Funchal?