Madeira

28 profissionais da pesca recebem apoio de quase 30 mil euros

Secretaria Regional do Mar e Pescas destaca valorização do peixe-fino

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O Governo Regional, através da Secretaria Regional do Mar e Pescas, procedeu, esta manhã, à assinatura de um conjunto de contratos-programa com pescadores, que receberam, pelo segundo ano consecutivo, um apoio extraordinário para a gasolina.

Assim, cerca de 28 profissionais da pesca vão receber perto de 30 mil euros, através desta medida pioneira do Governo Regional, que constava do programa eleitoral, e que passou por alargar o apoio já existente há vários anos para as embarcações de pesca profissional com motor a diesel, às embarcações profissionais que utilizam gasolina comum.

“Um dos compromissos deste Governo foi apoiar o combustível das embarcações de pesca profissional, mesmo aquelas com motores a gasolina”, enquadra o secretário regional de Mar e Pescas, explicando que esta medida traz mais justiça e competitividade ao sector. “É uma questão de equidade, pois entendemos que o tipo de combustível utilizado pelas embarcações de pesca não pode ser um entrave aos apoios à atividade”, considerou Teófilo Cunha.

Este apoio, que começou a ser pago o ano passado, e é calculado através de uma fórmula que considera o número e a quantidade de descargas e o valor do peixe capturado. No total, somando os apoios dados à gasolina (30 mil euros desde 2022) com os dirigidos ao gasóleo (225 mil euros anuais), desde o início do mandato o Governo Regional já comparticipou com 900 mil euros os gastos da frota pesqueira regional com combustível e energia. Uma verba que foi complementada com mais 347 mil euros, pagos este ano, mas referentes a 2022, como apoio extraordinário do Executivo, para compensar o sector pelos custos adicionais de energia causados pela guerra na Ucrânia.

Na ocasião, o governante mostrou-se também satisfeito com o crescimento do rendimento dos pescadores, que se tem verificado nos últimos anos. Exemplo, é o valor do chamado peixe fino – pargo, peixe-carneiro, peixe-porco, safira… – que passou de um valor comercial praticamente irrisório para um produto bastante valorizado.

“O peixe-porco, por exemplo, era vendido há poucos anos a um euro e meio, dois euros, e agora é comprado na lota a 9 ou 10 euros”, disse Teófilo Cunha, continuando: “O aumento do rendimento dos pescadores, através da valorização da pesca e dos seus produtos tem sido sempre o foco do nosso trabalho enquanto Governo.”

Esta valorização explica-se com um conjunto de fatores, que começam logo na captura do pescado e com os cuidados que são tomados pelos pescadores no manuseamento, transporte e acondicionamento do peixe, e terminam nos restaurantes, onde uma nova geração de chef’s de cozinha madeirenses tem sabido aproveitar o melhor que os nossos mares oferecem.

“É um trabalho conjunto, cujo papel principal é feito pelos pescadores, mas que é ilustrativo da importância transversal que a pesca tem para a economia madeirense”, destacou Teófilo Cunha.