Pelo menos 11 pessoas morreram e algumas dezenas estão dadas como desaparecidas na sequência de um deslizamento de terras na região montanhosa de Ratcha, no noroeste da Geórgia, segundo um novo balanço das autoridades deste país do Cáucaso.

"Os corpos de 11 pessoas foram encontrados durante a operação de busca e salvamento", informou o Ministério do Interior da Geórgia.

O anterior balanço das autoridades dava conta de seis vítimas mortais.

"É uma situação muito difícil", admitiu o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibashvili, em declarações aos jornalistas durante uma visita ao local do incidente.

O incidente ocorreu na noite de quinta-feira numa zona onde ficam localizadas muitas estâncias turísticas.

Segundo o governante, as equipas de busca e salvamento continuam a procurar cerca de 30 pessoas que estão dadas como desaparecidas.

"Um trabalho ativo nesse sentido está em curso", sublinhou Irakli Garibashvili, acrescentando que ordenou a mobilização do exército georgiano para reforçar as operações de busca.

As autoridades georgianas precisaram que as operações de busca e salvamento mobilizam cerca de 400 bombeiros, socorristas e elementos de diferentes unidades da polícia.

Da zona do incidente, mais de 140 pessoas foram retiradas com recurso a helicópteros.

Segundo os cálculos dos especialistas, o deslizamento de terras envolveu mais de cinco milhões de metros cúbicos de terra e rochas.

"Esta é a maior catástrofe natural conhecida na zona ocidental da Geórgia, à exceção do sismo de 1991 na região de Ratcha", afirmou o geólogo Merab Gaprindashvili, da Agência do Ambiente da Geórgia, em declarações aos 'media' locais.

De acordo com o perito, o deslizamento de terras foi provocado pelas chuvas torrenciais ocorridas nos últimos dias, situação que foi agravada pelo degelo de dois glaciares na cordilheira do Cáucaso, perto de Shovi.