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Pelo menos 18 mortos em motim na penitenciária do Equador

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Foto  Getty Images

O Ministério Público do Equador confirmou hoje que o último motim na Penitenciária do Litoral, na cidade de Guayaquil (oeste), provocou a morte de pelo menos 18 pessoas e onze feridos, incluindo um agente da polícia.

O Ministério Público informou que, depois de a polícia equatoriana e as Forças Armadas terem assumido o controlo da situação, agentes do Ministério Público entraram na prisão para proceder à remoção dos corpos.

Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, o Governo decretou o estado de emergência nas prisões do país, após o que as forças de segurança do Estado conseguiram finalmente tomar o controlo do centro penitenciário, habitual palco de motins.

Nesta ocasião, os distúrbios foram causados por disputas entre membros dos bandos Los Tiguerones e Los Lobos, detidos nas alas oito e nove, respetivamente, segundo informações do jornal local El Universo.

Os dois grupos mantiveram uma aliança ativa até há apenas um mês e meio, quando ocorreu uma rutura que levou a um comportamento hostil entre ambos, de acordo com relatórios do Governo equatoriano.

O conflito que eclodiu na Penitenciária do Litoral desencadeou uma reação em cadeia, levando a incidentes menores noutras prisões da região andina do país.

As penitenciárias do Equador tornaram-se uma base de operações para os bandos criminosos que competem pelo mercado da droga.

Desde fevereiro de 2021, registaram-se cerca de dez confrontos deste tipo, que causaram a morte de mais de 420 pessoas, dezenas das quais foram queimadas vivas ou mutiladas.

De acordo com um censo recente, 31.321 pessoas, número que inclui 3.245 estrangeiros, estão detidas nas prisões do Equador, que têm capacidade para 30 mil reclusos.

A insegurança é uma das principais preocupações dos equatorianos, dado o aumento dos incidentes violentos, muitos dos quais associados pelas autoridades ao crime organizado ligado ao tráfico de droga.