A opção entre prosseguir e a ‘eterna primeira pedra do PS/Madeira’

Escrevo esta carta de leitor para expressar o meu apreço pela política de habitação que está a ser implementada pelo atual Governo Regional da Madeira. É com satisfação que testemunho o empenho demonstrado na resolução da crise habitacional que tem afetado muitas famílias na nossa região.

A abordagem abrangente do governo de Miguel Albuquerque, que inclui programas de habitação social, requalificação urbana e apoio ao arrendamento, merece o reconhecimento. É notável ver a dedicação em proporcionar habitações acessíveis e dignas para todos os cidadãos da Madeira.

No entanto, ao mesmo tempo em que aplaudo os esforços da atual administração, não posso deixar de expressar as minhas preocupações em relação às propostas da oposição especialmente ás apresentadas pelo Partido Socialista da Madeira. As críticas feitas à política de habitação parecem carecer de uma compreensão completa das complexidades envolvidas na tomada de decisões deste calibre.

As propostas da oposição, que parecem focar-se em números simplistas e promessas de resultados imediatos, como se a construção de 900 casas se fizesse num dia, podem negligenciar a necessidade de abordagens sustentáveis e a longo prazo. A construção de habitações sociais, por exemplo, exige uma alocação orçamental adequada e um planeamento minucioso para garantir a qualidade e durabilidade das estruturas e deve ser feita de modo a que os outros sectores da economia não tenham de parar por causa disso, como é exemplo a tão necessária ampliação do porto do Funchal para atrair mais navios e por essa via mais economia. A política de habitação não pode ser vista isoladamente, mas sim como parte integrante de um quadro mais amplo de desenvolvimento urbano e social. O atual governo parece estar ciente dessa interconexão, procurando requalificar bairros degradados e promover comunidades mais sustentáveis.

Como cidadã preocupada com o futuro da nossa região, insto os partidos da oposição a aprofundar a sua compreensão das complexidades da política de habitação antes de fazer críticas precipitadas. A Madeira merece um debate informado e soluções realistas que beneficiem a todos a longo prazo.

Estou otimista quanto ao caminho escolhido pelo Governo Regional e espero que, ao continuar a ouvir a voz dos cidadãos, possamos alcançar um futuro em que a habitação acessível e digna seja uma realidade para todos os madeirenses e porto-santenses.

Teresa Jesus