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Um desafio para todos

É importante promover e reforçar alianças com as organizações sindicais europeias

O combate às alterações climáticas é um desafio global e preocupante, cujos efeitos estão a ser devastadores para o meio ambiente e para a vida na terra, pelo que é importante que todos nós, individual e coletivamente façamos a nossa parte para reduzir as emissões de gases com efeito estufa de forma a proteger o planeta para as futuras gerações.

Neste repto há que envolver definitivamente os sindicatos e os trabalhadores para que materializem ações que permitam efetuar uma transição equitativa, minimizando os efeitos negativos deste processo junto de quem trabalha.

Para monitorizar este processo a Confederação Europeia de Sindicatos, elaborou um guia “Envolver os sindicatos na luta Contra as alterações climáticas para construir uma transição justa” com a finalidade de inventariar a participação dos sindicatos na gestão da necessária mudança, o que já foi feito até ao presente nos países da União Europeia, como associar e aprofundar a participação dos sindicatos no processo e nas alterações em curso, que recursos e capacidades internas tem os sindicatos para participar neste processo que engloba preocupações ambientais e proteção do meio ambiente, fatores responsáveis diretamente pela qualidade de vida e pela saúde dos trabalhadores, pois a transformação climática tem um forte impacto na economia assim como na manutenção e qualidade dos empregos.

O referido guia dá sugestões e exemplos de boas práticas, evidenciando o progressivo aumento da participação dos sindicatos cada vez mais preocupados com as questões ambientais, já que estas envolvem a maioria das atividades humanas que afetam o meio ambiente como seja, a correta separação de resíduos, fazer uso de produtos amigos do ambiente, sensibilizar para a diminuição da queima de resíduos, fazer o uso moderado dos recursos naturais, de forma a diminuir a emissão de gases com efeito estufa para a atmosfera, responsáveis pelo aquecimento global e as visíveis mudanças climáticas que estamos a presenciar.

Depois da pandemia que muito nos afetou e em plena guerra originada pela invasão da Rússia à Ucrânia, às preocupações pelas alterações climáticas juntam-se o que atualmente designamos de quarta revolução industrial, ou industria 4.0 em que se incluem a robótica, a internet das coisas, a impressão 3D, a inteligência artificial como uma das tecnologias mais importantes e promissoras desta revolução, em conjunto com novos conhecimentos e tecnologias em diferentes áreas cada vez mais eficazes e acessíveis, que conduzirão inevitavelmente a transformações na forma como as empresas produzem bens e serviços assim como implicarão profundas reformas no mundo do trabalho.

Neste contexto é importante promover e reforçar alianças com as organizações sindicais europeias, nomeadamente a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) para concertar espaços de debate e alinhar estratégias no espaço europeu que facilitem a participação e integração dos trabalhadores no processo de mudança em curso.

O CES com sede em Bruxelas, é uma organização independente, não governamental, membro da Confederação Sindical Internacional a (CSI), e representa os interesses de mais de 44 milhões de trabalhadores em 38 países europeus.