Desde Novembro de 2022 que o Estado não contribui com um tostão para as obras do novo Hospital Central e Universitário da Madeira. Há oito meses que a Região suporta sozinha os custos (os atrasos vão já em sete milhões de euros) e vai adiantando verbas, para que os trabalhos não sejam suspensos e os madeirenses possam ter, efectivamente, em 2027, mais e melhor Saúde, mais e melhor Hospital.

O PS, já não é novidade, não quer isso para os madeirenses e porto-santenses. Aliás, tudo o que seja bom não querem que seja para cá, ou, pelo menos, não querem que tenhamos melhores do que eles!

Até parece que, à boa maneira de Maquiavel, o PS e o Governo da República tudo estão a fazer para atrasar o Hospital madeirense, de modo a que pelo menos um dos cinco que recentemente anunciou (alguns dos quais já anunciou mais de uma vez, sem que nunca tivessem passado, até agora, do papel) possa estar pronto primeiro do que o da Região.

Até parece que, quiçá, tentam ganhar tempo para “antecipar” e apresentar como novas algumas das ideias e estratégias já anunciadas pelo Governo Regional e que visam um hospital de vanguarda na área da investigação científica, capaz de funcionar como um hub na área da pesquisa e inovação no tratamento de doenças prevalentes, entre as quais a do cancro. Para tal, lembre-se, já foram estabelecidas parcerias com entidades de referência internacional.

Até parece que querem dar tempo a esses hospitais de negociarem com os mesmos parceiros (retirando-os ao Hospital da Madeira) ou outros semelhantes e poderem surgir no mercado como inovadores, promotores e pioneiros.

Até parece que o que importa é o Hospital da Madeira não ser (na linha que Maquiavel trilharia), de vanguarda, do melhor que há na Europa, uma referência internacional. Porque como é que poderiam justificar ter nas ilhas uma estrutura melhor do que as que oferecem em Lisboa?

Ainda bem que os nossos governantes não se regem pelo léxico socialista. Avançar, na Madeira, tem outro significado!

Ângelo Silva