5 Sentidos

'Transatlântico- As migrações nos Açores' mostra o arquipélago "no centro do Mundo"

Livro apresentado na Casa dos Açores da Madeira

None

O livro 'Transatlântico- As migrações nos Açores' foi apresentado, ontem, na Casa dos Açores da Madeira e mostra uma reflexão sobre as migrações nesse arquipélago. Da autoria de José Andrade, o prefácio é de José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores.

"Este livro vale sobretudo como pretexto para ganharmos a consciência de uma açorianidade que é transatlântica e cosmopolita, porventura desconstruindo preconceitos", referiu José Andrade, de acordo com nota enviada à imprensa. A sessão de apresentação contou com o presidente da Casa dos Açores na Madeira, Carlos Madruga da Costa, e do Diretor Regional das Comunidades Madeirenses e da Cooperação Externa, Rui Abreu, bem como com o antigo secretário o Turismo e Cultura João Carlos Abreu.

"O livro do atual responsável das áreas da emigração, da imigração e das comunidades açorianas no exterior, tem  o condão de (re)valorizar os movimentos da emigração açoriana para o Brasil, o Uruguai, o Havai, os Estados Unidos, a Bermuda ou o Canadá, onde se estima que residam cerca de 1,5 milhões de açorianos e seus descendentes", refere a mesma nota. A obra revela ainda o papel dos cerca de 4 mil cidadãos estrangeiros de mais de 90 nacionalidades diferentes que presentemente habitam e trabalham nos Açores, e contribuem assim para o desenvolvimento do território arquipelágico e do país.

Com este livro "podemos perceber que os Açores só ficam verdadeiramente completos com a sua décima ilha; que valorizar a diáspora não é uma opção, é uma obrigação; que apostar nos emigrantes não é uma despesa, é um investimento; que ir às comunidades não é passear, é trabalhar; que incentivar os regressos não é retroceder, é avançar; porque juntos somos mais fortes".

"Mas com ele podemos também perceber que os Açores só têm a ganhar com todos quantos vêm por bem, viver e conviver nas nossas ilhas; que a imigração não é um problema, é uma oportunidade; que os imigrantes não retiram, acrescentam; que a interculturalidade não descaracteriza, enriquece; que um povo que sempre foi bem acolhido na terra dos outros tem a obrigação de bem acolher na sua própria terra; porque, também assim e também aqui, juntos somos mesmo mais fortes", disse.

Com esse orgulho de ser como somos, não estamos no fim da Europa ou no princípio da América. Estamos no centro do mundo", concluiu.