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PP pode 'tirar' um deputado ao PSOE e colocá-lo na dependência dos catalães

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O Partido Popular (PP) está em vias de conseguir somar mais um deputado aos 136 que já tem, à custa do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), disseram esta noite fontes daquele partido à Efe e confirmaram fontes socialistas.

A concretizar-se, o PSOE fica com 121 eleitos e pode vir a ter de procurar o apoio expresso do Junts para conseguir uma nova investidura de Pedro Sánchez, quando no cenário anterior, com mais um deputado, só a abstenção seria insuficiente.

Não obstante as fontes do PP pediram prudência com este eventual novo resultado, porque ainda falta fazer o escrutínio geral e reapreciar os votos nulos.

As fontes do PSOE admitiram à Efe a perda do lugar.

As fontes socialistas realçaram que a possível troca do deputado eleito em Madrid "não modifica a situação para formar maiorias".

Como acentuaram: "O Junts vai ter de decidir se une forças com o PP e o VOX, e abre a porta a um governo da direita com a ultradireita ou se se une ao resto das forças políticas para o evitar".

Segundo os primeiros resultados do escrutínio dos votos dos residentes no estrangeiro, o designado voto CERA, e enquanto se espera pelos resultados finais em outras juntas provinciais, o PP teria conseguido o último lugar do PSOE por Madrid, que estava atribuído ao ex-autarca socialista de Alcalá de Henares.

Com este novo lugar, o PP conseguiria 137 deputados e o PSOE baixaria para 121.

Em resultado, o bloco que poderia aprovar a investidura do presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo - Vox (33), UPN (1) e CC (1) - alcançaria 172 lugares, face aos 171 do bloco dos socialistas de Sánchez com Sumar (31), ERC (7), EH Bildu (6), PNV (5) e BNG (1).

Segundo esta aritmética, o presidente do governo em funções necessitaria do apoio explícito do Junts para conseguir a investidura, uma vez que a abstenção dos sete deputados independentistas catalães não seria suficiente.