Madeira

Madeira e Açores "começam a estar dissociados das responsabilidades nacionais"

Miguel Albuquerque, que irá marcar presença reunião do Conselho de Estado, disse ainda que as autonomias são "um bom negócio para o Estado"

None
Foto Hélder Santos/ASPRESS

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, adiantou hoje que irá marcar presença na reunião do Conselho de Estado, que está agendada para as 15 horas desta sexta-feira no Palácio de Belém, um dia depois do debate do Estado da Nação, e deixou a garantia que irá aproveitar a ocasião para expressar as principais preocupações da Madeira, das quais destaca a dissociação do Estado para com as Regiões Autónomas da Madeira e Açores.

"O senhor Presidente da República quer fazer uma auscultação dos conselheiros de Estado sobre o panorama político, económico e social do país, e eu obviamente vou pronunciar-me sobre aquilo que eu acho que está mal, que está melhor e aquilo que tem de ser feito", esclareceu.

Incitado a explicar quais são as apreensões da Região, o líder do executivo madeirense realçou que "são transversais ao todo nacional", mas sublinhou que tanto a Madeira como os Açores estão neste momento numa "situação muito complicada", porque "começam a estar dissociadas das responsabilidades nacionais".

 As Autonomias neste momento são um bom negócio para o Estado. O Estado neste momento cada vez transfere menos verbas em termos de solidariedade nacional e de coesão económica e social. Neste momento chegamos a um ponto em que as Regiões assumem custos de soberania, como é por exemplo o que acontece com os susbistemas de saúde da GNR, Forças Armadas e PSP Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional

PR admite falar do assunto TAP ao Conselho de Estado e publicamente

O Presidente da República admitiu hoje vir a falar da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP ao Conselho de Estado, daqui a uma semana, e publicamente, depois de ler o relatório final.

Não obstante, o governante destacou um "conjunto de decisões caricatas", dando o exemplo do Tribunal Constitucional, que "votou ontem a co-gestão da plataforma continental e do mar territorial".

"É um absurdo, visto que nós é que asseguramos há muitos anos a manutenção desses espaços naturais e as reservas, e não faz nenhum sentido os madeirenses estarem dissociados da gestão ou co-gestão dos seus espaços. Ou seja, neste momento, eu acho que a internacionalização que se está a operar na Madeira vai começar a constatar um Estado português cada vez menos presente na vida das novas gerações", sublinhou, à margem da visita à empresa 'Raimundo Ramos - Carpintaria e Marcenaria', no Campanário, no concelho da Ribeira Brava.