O projecto que o Governo Regional queria levar `Assembleia Legislativa da Madeira, em 2002, era o de ‘pagar’ as obras no campo de golfe do Porto Santo com a criação de um casino e de um hotel 5 estrelas na ilha dourada.

Na edição de 20 de Julho de 2002, o DIÁRIO explicava as intenções de Cunha e Silva. Basicamente, eram estabelecidos novos termos do concurso para o exclusivo do jogo no Porto Santo. O plano era uma concessão de 30 anos, sendo que quem ganhasse esse concurso estava obrigado à construção de um casino e ainda de um hotel 5 estrelas que lhe servisse de apoio.

A capacidade da nova unidade hoteleira seria de 100 quartos. “A contrapartida inicial mínima exigida é de 3 milhões e 300 mil euros”, explicava o nosso matutino. O valor a receber seria canalizado para a construção do campo de golfe, a cargo da SDPS, tal como idealizado pelo vice-presidente Cunha e Silva.

O casino deveria contar com um restaurante com capacidade para 150 pessoas e ainda um palco de espectáculos, além disso, teria de contar com, no mínimo, quatro roletas tipo francês, três de banca francesa, três de "black-jack/21" e uma de bacará preto e branca; a sala privativa teria um mínimo de 120 máquinas automáticas.

Manoel de Oliveira trabalha e descansa no Porto Santo

O cineasta português Manoel de Oliveira escolher o Porto Santo, em 1993, para umas férias e para descansar da forma que ela sabia; trabalhando. Mesmo indicando não ter tempo para entrevistas, acedeu falar com o DIÁRIO.

A escolha do Porto Santo prendia-se com a calma e pelo facto de conseguir não ser incomodado, podendo assim trabalhar no seu novo filme que, a 20 de Julho de 1993, ainda não tinha nome. Mas ‘Vale Abraão’ foi realizado nesse ano e ‘A Caixa’, no ano seguinte. O filme ‘Lenda de Machim’, chegou a estar nos planos, devendo ser rodado na Madeira. No entanto, quando o pensou fazer, questões politico-sociais levaram a que desistisse da ideia.