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Encontrados restos mortais de 20 pessoas possíveis vítimas do grupo ADF

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Pelo menos 20 pessoas, supostamente assassinadas há anos pelo grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF, na siga em inglês), foram encontrados este sábado na República Democrática do Congo (RDCongo), confirmou ontem fonte militar.

"No terreno, confirmámos que o massacre remonta há mais de dois anos e corresponde ao período em que as Forças Armadas da RDCongo [FARDC] levaram a cabo operações no setor de Rwenzori, na província de Kivu do Norte, para expulsar as ADF", assegurou à agência espanhola de notícias EFE, por telefone, o porta-voz militar, capitão Antony Mwalushayi.

Na aldeia de Ndoma, foram "identificados os restos de, pelo menos, 20 corpos, que foram enterrados dignamente", acrescentou o capitão que especificou que a equipa era integrada pela polícia científica, representantes da sociedade civil, funcionários da Justiça e alguns oficiais do Estado-maior das FARDC.

O Exército descobriu os restos mortais, através de alertas de agricultores da região, segundo Antony Mwalushayi.

As ADF, ligadas ao grupo extremista Estado Islâmico, têm origem no Uganda, na década de 1990.

Especialmente ativas no leste da RDCongo e acusadas de matar centenas de civis nessa zona do país, as ADF tiveram uma divisão em 2019 depois de o seu líder ter jurado lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico na África Central (ISCA, na sigla em inglês), sob cuja bandeira opera desde então.

Segundo o barómetro da Segurança de Kivu (KST, sigla em inglês), as ADF são responsáveis por umas 3.580 mortes e mais de 670 ataques na RDCongo, desde 2017.

Os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês que ainda está em curso, para controlo dos ataques deste grupo.