Madeira

Chega-Madeira desafia Iniciativa Liberal a clarificar posição sobre o PSD

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O Chega-Madeira desafia a Iniciativa Liberal a clarificar a sua posição relativamente ao PSD.

Num comunicado assinado pelo líder regional do Chega-Madeira, Miguel Castro, o partido lembra que "o líder do PSD, Luís Montenegro, e o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, almoçaram juntos e fizeram questão de se fotografar e dar conhecimento do seu encontro ao país", sublinhando que "com Portugal em plena crise política, gerada por divergências entre o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro ministro socialista, António Costa, os presidentes do PSD e dos liberais estiveram juntos, supostamente para analisar a situação nacional, marcada pela degradação política, económica e social, mas também, e acima de tudo, para alinhar um entendimento partidário, algo que vêem como necessário, POIS todas as sondagens realizadas apontam que, nem juntos, nem em aliança, se o PSD e a IL conseguem formar uma alternativa ao governo do PS".

Ainda de acordo com o  Chega, "supostamente, o encontro entre o PSD e a IL já estava previsto, mas o ‘timing’ acabou por coincidir com quando, quer Montenegro, quer Rocha, pediam a Marcelo que dissolvesse a Assembleia da República e convocasse eleições antecipadas, um desejo ao qual o presidente da República não correspondeu. Apesar de tudo, PSD e IL prometem manter uma linha aberta para avaliar os termos de uma coligação".

“É intrigante e, ao mesmo tempo, preocupante o namoro que, a nível nacional, está a ser celebrado e apregoado por Luís Montenegro e Rui Rocha, o qual diz muito sobre a orientação ideológica e até sobre um certo desespero eleitoral que, ao que tudo indica, se está a apoderar de sociais-democratas e liberais”, aponta Miguel Castro. 

Na opinião do presidente do Chega-Madeira, "apenas uma enorme falta de sensibilidade quanto à realidade política nacional pode suscitar a aproximação de sociais-democratas a liberais". E complementa: “Esta nova aliança é intrigante, pois denota que Montenegro e Rocha vivem num país que não é, certamente, o país real, dado que não estão a saber ler com seriedade o sentimento da população, não estão verdadeiramente interessados em criar uma alternativa política ao governo de António Costa e assumiram como sua única prioridade isolar o Chega. Ainda não perceberam que quem anda a destruir o país não é o Chega, mas décadas de vergonhosa governação socialista.”

A juntar a isto, Miguel Castro aponta, “mas a aliança entre sociais-democratas e liberais é também preocupante, especialmente para os militantes do PSD e para quem ainda pensa em votar naquele partido porque demonstra, de forma clara, a deriva do PSD para o mesmo marxismo cultural da Esquerda, o aprofundamento do seu desastroso instinto neo-liberal e a sua disponibilidade para se ligar a um partido que já afirmou, várias vezes, que não é de Direita e que até defende iniciativas políticas que nada têm a ver com os valores da sociedade portuguesa, tais como a legalização da produção e venda da canábis para fins recreativos. É nisto que o PSD se tornou? Vale tudo para ganhar votos?” 

Porém, o líder do CHEGA-Madeira também afirma que a aliança que está a ser trabalhada na República entre sociais-democratas e liberais "tem ramificações regionais, às quais nenhum dos partidos envolvidos pode escapar". Aliás, Miguel Castro convida os liberais locais a esclarecer, perante a população e os seus militantes, se vão seguir o exemplo do seu líder nacional e tornar-se nos companheiros de caminho do governo social-democrata. “O Chega-Madeira já deixou bem claro, e por várias vezes, que, se for eleito, não está disponível para quaisquer alianças com o PSD-Madeira, pois não nos identificamos com a política que tem levado a Madeira e o Porto Santo para a situação preocupante em que se encontram. Todavia, a população, em geral, e os militantes da IL têm o direito de saber se, a partir de agora, votar na IL é a mesma coisa que votar em Miguel Albuquerque. A Madeira merece e precisa de uma Direita que seja capaz de fazer uma oposição séria e responsável ao PSD. Ao que tudo indica, a IL poderá bem demitir-se dessa missão, e, tal como o CDS, vestir o papel de bengala política do PSD-Madeira", conclui.