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Filhos de "El Chapo" negam relação com produção e tráfico de fentanil nos EUA

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Os filhos do ex-líder do cartel de Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, negaram as acusações feitas por promotores norte-americanos no mês passado, numa carta onde rejeitam envolvimento na produção e tráfico do opioide sintético fentanil para os Estados Unidos.

A carta foi cedida à Associated Press por José Refugio Rodríguez, advogado da família Guzmán. Apesar de não estar assinada, Rodríguez disse que poderia confirmar que a carta é dos filhos de Guzmán.

O Governo mexicano não confirmou explicitamente a autenticidade da carta, mas o presidente Andrés Manuel López Obrador disse hoje que ela foi analisada pelo conselho de segurança do país.

"Nunca produzimos, fabricamos ou comercializámos fentanil nem nenhum dos seus derivados", foi escrito na carta.

"Somos vítimas de perseguições e transformados em bodes expiatórios", alegam os filhos de "El Chapo".

O canal de televisão por cabo Milenio Television noticiou a carta pela primeira vez na quarta-feira.

Os promotores dos EUA (equivalente ao Ministério Público português) detalharam, no mês passado, em documentos judiciais como o cartel de Sinaloa se tornou o maior exportador de fentanil para os Estados Unidos, resultando em dezenas de milhares de mortes por 'overdose'.

Guzmán "El Chapo" está a cumprir prisão perpétua nos Estados Unidos por tráfico de drogas.

Os filhos de Guzmán são conhecidos coletivamente como "Los Chapitos".

Iván Archivaldo Guzmán Salazar e Jesús Alfredo Guzmán Salazar são os principais réus entre 23 pessoas que foram indiciadas em Nova Iorque.

Ovidio Guzmán López, conhecido como "o Rato", que supostamente empurrou o cartel para o fentanil, é indiciado num outro processo no mesmo Estado. Foi detido no México em janeiro e o Governo dos Estados Unidos pediu a sua extradição.

Já Joaquín Guzmán López é acusado no Estado do Illinois.