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Orquestra Clássica da Madeira apresenta em estreia absoluta "Landscape of a winter morning"

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Integrado no "Ciclo Jovens Músicos", a Orquestra Clássica da Madeira "encomendou uma obra ao jovem compositor português Daniel Davis, a ser interpretada em estreia absoluta este sábado, dia 3 de Junho, no Centro de Congressos da Madeira, sob a direcção do maestro convidado Pedro Amaral", anuncia o seu director artístico, Norberto Gomes.

O "Landscape of a winter morning" (em português "Paisagem de uma manhã de inverno") é o título da nova obra de Daniel Davis "a ser estreada no início da primeira parte do concerto deste sábado", realça. "Segundo o compositor, a ideia foi a de combinar duas áreas criativas, a música e a fotografia, que o próprio tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos. Esta combinação, tal como o próprio Davis refere, não é algo de novo, tendo exemplificado com o compositor Julian Anderson que escreveu a sua primeira Sinfonia inspirada num registo fotográfico do fotografo checo Josef Sudek; o compositor Malcolm Lindsay que escreveu a obra Watkins inspirada na fotografia de Margaret Watkins; além de muitos outros".

Sobre "Landscape of a winter morning", Davis é citado ao referir que a sua "inspiração teve por base dois registos fotográficos que o próprio fez numa floresta alemã, num dos bosques da Saxónia-Anhalt, na Alemanha Ocidental. A primeira imagem centra-se numa árvore um pouco peculiar que se diferencia das outras que a rodeia; a segunda fotografia foca-se nas árvores que a rodeia e reflete uma paisagem minimal onde todas as árvores estão alinhadas e guiam a sua visão para um caminho infinito onde o olhar se perde no infinito". E acrescenta: "O compositor salienta que àquilo que faz com que as duas impressões dependam uma da outra é o facto da árvore que se destaca no meio da repetição, só pode ser encontrada quando se olha de maneira diferente. Não aparece à primeira vista, nem à segunda. No entanto, o que a torna especial é estar perdida numa paisagem minimal. É com esta obra que Daniel Davis pretende criar um paralelismo entre o minimal, caracterizado pela semelhança e repetição, quase infinita, do mesmo objeto, e a distinção de um objeto que pode ser trazido ao de cima transformando-o no núcleo do ecossistema."

Saiba que "ainda na primeira parte do concerto, a Orquestra Clássica da Madeira irá interpretar de seguida a Sinfonia nº 8 em Si menor D 759 'Inacabada' do compositor austríaco Franz Schubert e, após o intervalo, a Sinfonia nº 2 em Dó maior, op. 61 do compositor alemão Robert Schumann, ambos do período romântico".

Quanto ao maestro convidado Pedro Amaral, "é a terceira vez que dirige a Orquestra Clássica da Madeira, a primeira no Teatro Municipal Baltazar Dias, a Segunda no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira", sendo que "desta vez será no Centro de Congressos da Madeira, é considerado um dos músicos europeus mais ativos da sua geração. Amaral dirige regularmente um repertório que se estende do classicismo vienense até à mais viva contemporaneidade". De destacar que "o maestro foi Diretor Musical da Orquestra do Conservatório Nacional (2007/08), do Sond'Arte Electric Ensemble (2007/10) e da Orquestra Metropolitana de Lisboa (2013/20) e, atualmente, é professor na Universidade Évora".

Os alunos e formandos de todas as áreas artísticas do Conservatório - Escola das Artes da Madeira têm entrada livre mediante apresentação de cartão estudante, com os bilhetes a custarem 20€ (com descontos para crianças, jovens e séniores).

Podem ser comprados na Ticketline, na Loja Gaudeamus (Colégio dos Jesuítas, na Rua dos Ferreiros, próximo da Câmara Municipal do Funchal), mas também na bilheteira do Centro de Congressos da Madeira, mas apenas no dia do concerto a partir das 16h00.