Madeira

Marta Freitas acusa Sara Madruga da Costa de "retórica populista"

Foto PS-Madeira
Foto PS-Madeira

A socialista Marta Freitas - que assistiu bem de perto à intervenção na Assembleia da República de outra madeirense, neste caso Sara Madruga da Costa - considerou "deplorável que, ao serviço de uma agenda partidária de corte eleitoralista" a deputada do PSD-Madeira "ensaie discursos populistas à volta de temas tão sensíveis como as dificuldades sentidas por algumas populações estrangeiras na regularização da sua situação em Portugal".

Segundo a parlamentar socialista, “o PSD quis perder a oportunidade de alavancar verdadeiras soluções”, preferindo embarcar num “jogo político falacioso”.

Sara Madruga da Costa acusa PS de "virar as costas aos emigrantes da Venezuela"

Sara Madruga da Costa acusou o Partido Socialista de ter voltado “a virar as costas aos emigrantes” da Venezuela, depois de ter impedido a “viabilização de uma proposta” para que “se considerassem válidos, por um período de 24 meses”, os documentos de identificação em casos de comprovada dificuldade e “de modo que estes cidadãos pudessem ter mais tempo para a respetiva regularização”.

Sara Madruga da Costa quis fazer omissão e tábua rasa de todo o trabalho realizado, de forma construtiva, pelo Partido Socialista, aquando da apresentação, debate e discussão na ALRAM desta proposta, apenas conseguindo adiar soluções. Marta Freitas

“Já existem mecanismos previstos na lei que salvaguardam e protegem os cidadãos estrangeiros deste tipo de situações de impasse”, explicou a deputada do PS-Madeira, considerando que a proposta do PSD fora “redigida de forma apressada e muito pouco cuidada”, condicionando assim a sua aprovação em sede da Assembleia da República.

Em contraponto e a título de exemplo, Marta Freitas recordou que, já em Novembro de 2021, os deputados do PS tinham endereçado uma carta de sensibilização ao então embaixador da Venezuela, “alertando para a necessidade de providenciar uma emissão mais célere de passaportes e títulos de viagem, para que os cidadãos com nacionalidade venezuelana pudessem proceder à sua regularização no nosso país”.

A este propósito, Marta Freitas requereu ainda ao Parlamento a distribuição pelos deputados da referida missiva e da respectiva resposta, bem como da legislação em vigor, que prevê a agilização de procedimentos e a dispensa de apresentação de documentação para determinadas situações e casos “fundamentados”.

Mais uma vez, frisou Marta Freitas, “o PSD deturpou os argumentos do PS e rejeitou sugestões e contributos feitos para, de facto, resolver problemas sinalizados”.