Madeira

'Confiança' vota contra contas de 2022 e lamenta "censura" ao 25 de Abril

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Foto DR

Os vereadores eleitos pela 'Confiança' à Câmara do Funchal consideram que as contas do ano de 2022 do município, apresentadas e aprovadas hoje na reunião do executivo, comprovam "o regresso à política do endividamento e do aumento da cobrança de impostos aos funchalenses, abandonando uma prática de rigor orçamental mantida ao longo dos últimos anos".

Funchal com resultado positivo de 5 milhões de euros em 2022

Frente MarFunchal terminou o ano com saldo positivo. Resolução de contenciosos com a ARM e EEM permitiu poupar milhares de euros

Por isso, votaram contra o documento que no seu entender "reflecte o primeiro ano de mandato da gestão PSD e contém mostra que as suas opções políticas levaram a um aumento de dívida para 45 milhões de euros e uma cobrança recorde de impostos (directos e participação de IRS) que superou em 16 milhões de euros o ano anterior".

É absurdo que este executivo venha se vangloriar, falando em lucros de 5 milhões, quando aumenta a dívida total em 30%, ou que coloque dinheiro no banco a render enquanto acumula 5 M€ de dívidas a fornecedores. Todo e cada euro desse lucro é dinheiro que saiu do bolso dos funchalenses e não foi reinvestido na cidade do Funchal. Miguel Silva Gouveia, vereador da 'Confiança'

No Período Antes da Ordem do Dia, foi apresentada a programação prevista para assinalar os 49 anos do 25 de Abril. A 'Confiança' considera que foi consumada "a censura por parte do PSD" à sessão solene que dava voz a todos os partidos representados em Assembleia Municipal.

“O actual executivo esterilizou politicamente as cerimónias do 25 de Abril no Funchal, colocando-a na lapela da irrelevância, com um premeditado e autoritário acto de censura, que lembra as práticas opressivas do Estado Novo. Mais do que calar a voz da oposição nos actos oficiais, a maioria demonstra ter medo de que as verdades ditas pela Confiança possa estragar a propaganda oficial municipal com que PSD branqueia a sua própria inabilidade em resolver os problemas da cidade", lamentou Miguel Silva Gouveia, deixando uma garantia:

“Mesmo que nos tentem calar extinguindo a sessão solene, nunca nos faltará a voz para denunciar publicamente, e nas instâncias próprias, o estado a que o nossa cidade chegou. Os valores que Abril deixou não morreram, nem morrerão no Funchal.”