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Organizações pedem investigação a incêndio em grupo de media em Moçambique

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O Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA), ONG moçambicana, e o Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), entidade pública, pediram hoje celeridade na investigação a um incêndio que atingiu um grupo de media na região centro do país.

O fogo destruiu no domingo o edifício e equipamentos da Rádio Chuabo FM, do Jornal Txopela e do portal Zambézia 24 horas, todos pertencentes ao mesmo grupo de media, na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia.

Em comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, o MISA pede às autoridades "celeridade" no apuramento das causas do incidente e a criação de condições para a retoma do funcionamento dos órgãos de comunicação social afetados.

Com esta paralisação, os habitantes de Quelimane "ficam privados do acesso à informação isenta daquele que é considerado, por muitos, um dos maiores e mais inovadores projetos mediáticos de Quelimane e de toda a província da Zambézia", refere-se na nota.

Por seu turno, o CSCS apela também "ao mais rápido esclarecimento público das causas do incêndio".

Em comunicado, aquela entidade diz esperar que "o incidente não prejudique a atividade jornalística" dos meios atingidos pelo incêndio.

Em agosto de 2020, um incêndio devorou o Canal de Moçambique, um semanário de referência no país, tendo o incidente sido tratado pela administração como "fogo posto" e condenado por organizações de defesa da liberdade de imprensa internas e internacionais.

A polícia nunca esclareceu publicamente as causas por detrás do fogo que consumiu a redação do Canal de Moçambique.