Madeira

“O jardinismo acabou”

Entrevista de Jardim ao DN foi tema no 'Primeira Mão' desta semana. Para além da abordagem de Sara Madalena, Francisco Gomes analisou o fenómeno Chega e Liliana Rodrigues destacou resgate a bebé síria

O 'Primeira Mão' foi para o ar, mais uma vez, na antena da TSF-Madeira e um dos temas que mereceu a análise de Sara Madalena foi a entrevista do ex-presidente do Governo Regional ao Diário de Notícias Nacional por altura da comemoração do seu 80.° aniversário.

Ao apontar o dedo do meio a Alberto João Jardim, a advogada recordou o sistema em que se viveu durante mais de 30 anos na Região Autónoma e os termos usados pelo entrevistado, com o seu "célebre vocabulário", tais como “gajos” ou “incompetentes” e ainda assume a falsificação de cinco assinaturas quando Cavaco Silva se candidatou à liderança do partido. Isto além da perseguição assumida a meios de comunicação social, nomeadamente detidos maioritariamente por “ingleses”, o inimigo declarado número um.

Sara Madalena vincou que a entrevista de AJJ trouxe à memória um sistema que restringia movimentos e liberdade de expressão desde o jovem à procura do primeiro emprego, que teria "muita dificuldade em arranjar trabalho" caso não estivesse filiado no PSD-Madeira.

Jardim diz ter assinado por outras pessoas para que Cavaco fosse líder do PSD

Numa entrevista publicada hoje no DN-Lisboa, o antigo presidente do PSD-M e do Governo Regional desenterra o passado, conta a sua versão de vários acontecimentos e ataca “sacanas”, Passos Coelho, Guterres, o DIÁRIO, entre outros. Deixa ainda elogios a Sá Carneiro, a Balsemão e Sócrates

"De jardinismo estamos nós fartos. Acabou. Descanse. Deixe-nos em paz. Surgiu a vez dos livres, surgiu a vez das mulheres, porque o jardinismo foi extremamente misógino. Jardinismo nunca mais", atirou Sara Madalena.

Ainda pela política, mas com foco na actualidade, Francisco Gomes falou dos vários estudos de opinião realizados a nível nacional e regional que apontam o CHEGA como um partido incontornável na conjuntura actual. Indicadores que apontam, de forma muito clara, que não haverá governo de Direita em Portugal e na Madeira sem o apoio e, possivelmente, participação da força partidária liderada por André Ventura. 

Nas palavras do politólogo, fica claro que a afirmação do CHEGA é um cenário incómodo para muitas pessoas, quer à Esquerda, quer à Direita. Porém, seria sensato que essas pessoas percebessem que a incontornável força do CHEGA não resulta da vontade, nem do apoio dos grupos de interesses que se têm infiltrado e corrompido os dois partidos do dito 'arco da governação', mas sim do legítimo desejo de um número cada vez maior de cidadãos que vêem no CHEGA um partido que luta pela defesa da sociedade e da causa comum, e não pelo compadrio, nepotismo e conluio com interesses privados. 

Aliás, na óptica de Francisco Gomes, quando os portugueses mal têm dinheiro para pagar as suas contas, para comer e para dar uma vida digna aos filhos, o CHEGA apresenta-se como o único partido que faz verdadeira oposição ao governo socialista, exigindo explicações e não se contentando com meias-respostas e que assume, sem subterfúgios, o desejo de reformar profundamente o sistema político português, colocando um fim à impunidade e ao amiguismo instalados na máquina governamental, que tanto nos têm custado e que têm empurrado cada vez mais portugueses para a pobreza e para as periferias sociais.

Neste momento, e mais do que qualquer outro partido, o CHEGA é na opinião do comentador do 'Primeira Mão' uma voz de quem acorda para trabalhar, paga impostos, faz sacrifícios para viver e, com todo o direito, espera muito mais do que o nada que tem recebido da classe política.    

Já Liliana Rodrigues preferiu destacar no seu polegar o profundo sinal de esperança, no meio de tanto horror e morte, para o bebé que nasceu nos escombros de um edifício que ruiu pela força do terramoto que atingiu a Síria e a Turquia. Ainda com o cordão umbilical, a menina recém-nascida foi levada para um hospital, mas a sua mãe, infelizmente, não resistiu e acabou por falecer após dar à luz.

O aconteceu em Jindires, cidade no noroeste da Síria, perto da fronteira com a Turquia, e os especialistas referiram que a bebé, ainda sem nome, foi a única sobrevivente da família que vivia num prédio de quatro andares que desabou totalmente. As equipas de emergência encontraram ainda os corpos sem vida do pai, das três irmãs, um irmão e a tia.

A menina, ainda sem nome, representa para Liliana Rodrigues a força, a resistência e a esperança de uma catástrofe sem precedentes.