Luís G., um madeirense de 57 anos que foi detido pela PSP na madrugada de 26 de Março de 2022 com droga, foi condenado a 9 anos de prisão pela prática do crime de tráfico de estupefacientes. Os 311 mil euros em notas apreendidos foram declarados perdidos a favor do Estado. O acórdão foi lido esta manhã, no tribunal do Funchal (Edifício 2000), tendo a juíza Joana Dias anunciado que o colectivo considerou que a acusação do Ministério Público ficou “parcialmente provada” no julgamento.

Conforme o DIÁRIO noticiou na edição impressa da passada segunda-feira, nas buscas às suas duas casas, localizadas nas zonas das Virtudes e Bom Sucesso, os agentes policiais apreenderam 302 gramas de cocaína, uma quantidade mais pequena de haxixe e 311 mil euros em notas escondidas numa churrasqueira. Neste último compartimento foi encontrada uma pistola da marca ‘Walther’, modelo PPK, calibre 22, além de dois carregadores de munições.

No julgamento, que teve início há duas semanas, o arguido disse que a droga era para seu consumo próprio e de amigos e que o elevado montante em dinheiro apreendido provém da venda de empresas que teve na Madeira e no estrangeiro.

Já o Ministério Público, na acusação, concluiu que o dinheiro tem origem no tráfico de estupefacientes. Esta entidade fez contas aos rendimentos de Luís G. - não declara proveitos financeiros desde 2018 - e chegou à conclusão que o arguido detém um património inexplicável de 395 mil euros, pelo que devia ser condenado a pagar ao Estado um valor equivalente.