DNOTICIAS.PT
Madeira

Rogério Gouveia não aceita que os cidadãos sejam “reféns do cibercrime”

None

Foi assinado, esta tarde, no Hotel Savoy Palace, o acordo de consórcio C3M – Centro de Competências em Cibersegurança da RAM que envolve a Universidade da Maxdeira, a ACIF, a Associação de Municípios (AMRAM), a StartUP, a ARDITI e a Secretaria Regional das Finanças.

Rogério Gouveia lembrou, na sua intervenção que o mundo enfrentou, nos últimos anos, “o crescimento das ciberameaças”, a que não foi alheia a adaptação das organizações ao modelo de trabalho remoto, devido à pandemia de Covid-19. Ao mesmo tempo, a Europa viu-se envolvida numa guerra, com a invasão da Ucrânia pela Rússia e, agora, com um conflito no Médio Oriente. Em ambos os casos, sublinha, surgiram novas ameaças de ciberguerra.

Por tudo isso, o secretário regional de Fianças não considerou uma surpresa os incidentes de cibersegurança que afectaram o país em Janeiro de 2022.

“Na Região, tanto o sector público, como o sector privado, foram igualmente alvo da cibercriminalidade, com impactos significativos nos serviços que as entidades, vítimas da prática criminosa, prestam”, recorda.

Por isso, considera oportuna a iniciativa que a ACIF promove, através de uma Mostra das Tecnologias e “das oportunidades que as mesmas nos oferecem na inovação e desenvolvimento das, mas também versando os riscos associados, através da abordagem à cibersegurança”.

É no âmbito das redes de cooperação e de investimento estratégico que surgiu “o projecto C-Network, com o propósito de criar uma rede de centros de competências em cibersegurança e a que a Região se candidatou em consórcio com a ARDITI, a AMRAM, a UMa e a Startup Madeira”.

Com um investimento superior a 380 mil euros, é criado o C3M - Centro de Competências em Cibersegurança da RAM, que “terá como missão apoiar as organizações do sector público, incluindo autarquias e sector empresarial da Região, com particular foco nos serviços importantes e essenciais na prevenção e resposta a ciberincidentes”.

Este Centro deverá estender a sua acção ao sector privado, sobretudo às pequenas e médias empresas.

Rogério Gouveia considera que “as capacidades dos Serviços de Cibersegurança da Direção Regional de Informática, deverão ser o maior contributo ao C3M, na medida em que a tecnologia existente e em desenvolvimento, as políticas e procedimentos que se pretendem implementar e os profissionais especializados virão, certamente, aumentar a ciber-resiliência da Madeira e, consequentemente, do país”.

O secretário regional de Fianças admite que “a transição digital e a externalização de serviços signifique, também, um crescente número de ciberincidentes”.

A estas circunstâncias, acresce um ano de 2024 em que o país irá realizar três actos eleitorais, “sendo que neste contexto não deverá ser surpreendente a emergência da desinformação e fakenews, onde se incluem campanhas mais ou menos sofisticadas nas redes sociais e processos associados de engenharia social”.

Embora a tarefa se apresente desafiante, admite “não estamos blocados nem reféns do cibercrime”.