Desde o primeiro ciclo até ao secundário, os alunos têm sempre um encarregado de educação (normalmente os pais) que recebe a avaliação e é informado das situações boas e menos boas dos discentes durante o ano lectivo.

Mas segundo alguns sociólogos, está a ocorrer um prolongamento da adolescência, em que muitas vezes os filhos continuam dependentes dos pais e em que os próprios pais têm medo de os deixar ‘voar’.

Nalguns casos, mesmo quando já são maiores de idade, os encarregados de educação preferem continuar a acompanhar o seu percurso académico e perceber se o investimento que estão a fazer está, realmente, a ser aproveitado pelos filhos. Mas será que os pais dos alunos da Universidade da Madeira, por exemplo, podem solicitar as avaliações dos filhos?

De acordo com um trabalho realizado recentemente por Carlos Diogo Pereira, da Académica da Madeira, que abordou esta questão junto da Vice-reitora para a Área dos Assuntos Académicos e Formação ao Longo da Vida, Custódia Drumond, não são dadas informações sobre o estudante maior de idade a outras pessoas.

“Os serviços podem informar sobre procedimentos, ou esclarecer sobre dúvidas em relação a processos, mas nunca sobre pormenores individuais”, explica, adiantando que a Reitoria não tem conhecimento de que tenham sido dadas informações sobre os estudantes a não ser aos próprios. No entanto, refere que por vezes os estudantes se fazem acompanhar por outras pessoas.

Explica ainda que todo o pessoal técnico e auxiliar da Universidade da Madeira está informado de que não pode responder a pedidos de familiares de estudantes quando o mesmo é maior de idade.