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"Não me vou recandidatar"

António Costa garante que não vai apresentar nova candidatura

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Depois de apresentar a sua demissão ao Presidente da República, na sequência de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projectos de lítio e hidrogénio, António Costa garantiu que não se volta a candidatar ao cargo nas próximas eleições. 

Numa comunicação ao País, a partir da sua residência oficial, em São Bento, em Lisboa, o primeiro-ministro justificou a sua decisão afirmando que "as funções de primeiro-ministro não são compatíveis com a suspeita de qualquer ato criminal".

"Obviamente, apresentei a minha demissão ao senhor Presidente da República", disse.

Costa manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário", mas recusou a prática "de qualquer ato ilícito" ou censurável.

"Quero dizer, olhos nos olhos aos portugueses, que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito, ou sequer de qualquer ato censurável", afirmou.

O chefe do executivo disse estar "totalmente disponível para colaborar com a Justiça em tudo o que entenda necessário para apurar toda a verdade, seja sobre que matéria for".

António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de Novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.