O parlamento discute, em conjunto, seis votos - PS, BE, PCP, CDS, CH e um conjunto PSD/PAN - de saudação e solidariedade, motivados pelo Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de Novembro).

Cláudia Perestrelo (PSD) recordou que, em Portugal, "uma em cada três mulheres já foi, pelo menos uma vez na vida, vítima de violência".

"O problema não é só das mulheres, é de todos", afirmou a deputada para quem esta "é uma luta que não deve assumir contornos políticos, deve unir todos".

E foi isso que aconteceu na ALM, onde deverão ser aprovados os seis votos.

Isabel Garcês (PS) lembrou as 25 mulheres assassinadas em Portugal, só este ano, a maioria em contexto de violência doméstica.

Pelo BE, Roberto Almada lembrou as 23.306 queixas de agressão, físicas e psicológicas e as 18 mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica.

"A Madeira não tem sido poupada a esta triste realidade", sublinhou.

Mónica Freitas - o PAN apresentou o voto em conjunto com o PSD - lembrou "as mulheres que foram assassinadas na defesa dos seus direitos" e que garantiram que as mulheres estejam num parlamento.

A deputada lembrou a importância de "defender as questões de igualdade de género".

Pelo CH, Magna Costa alertou para a "gravidade do problema" da violência contra mulheres e sublinhou que este é "um problema social e político".

Edgar Silva (PCP) destacou a unanimidade no plenário sobre esta matéria mas lamentou que, no que diz respeito às medidas para defender as mulheres, o consenso já não seja tão alargado.

O CDS também apresentou um voto e Ana Monteiro destacou a importância de "continuar a chamar a atenção para o papel e a importância das mulheres" na sociedade e acabar com "os preconceitos e limitações impostas".

Pelo JPP, Lina Pereira destacou a necessidade de este ser considerado um problema de todos e que exige mobilização. "Todos conhecemos alguém que já foi, ou é, vítima de violência contra as mulheres".

Nuno Morna (IL) vai voar favoravelmente todos os votos apresentados.