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Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher assinalado hoje em Portugal

Saiba que mais é notícia este sábado, 26 de Novembro de 2023

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Foto Lusa

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher vai ser assinalado hoje em Portugal com marchas e manifestações em Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria. 

No caso de Lisboa, a marcha, que acontece todos os anos desde 2011, tem início às 15:00 no largo do Intendente, seguindo depois para o Martim Moniz, passando pelo Rossio, e termina no largo de São Domingos, onde será lido o manifesto do evento.

O Palácio de Belém volta também a iluminar-se de laranja, simbolicamente, em apoio a esta causa.

Numa mensagem escrita publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "apela a todas as portuguesas e portugueses que se unam de forma decidida na eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres".

Neste dia internacional instituído pelas Nações Unidas, o chefe de Estado associa-se à iniciativa desta organização para pôr fim à violência contra as mulheres e à campanha "Orange Day".

O Presidente da República realça que "o Palácio de Belém irá estar de novo iluminado de cor de laranja como forma de dar visibilidade a esta causa".

"Neste dia, iluminando edifícios por todo o mundo, e mais uma vez também o Palácio de Belém, recordamos um persistente problema de direitos humanos que não pode ser negligenciado, mas combatido, no mundo e em Portugal", acrescenta.

Marcelo Rebelo de Sousa enquadra a violência de género como "um problema global com consequências nas vidas de milhões de mulheres, não atingindo apenas as suas vítimas diretas", mas "as famílias, as comunidades, a sociedade enquanto um todo", e que constitui "um obstáculo na promoção da igualdade e do desenvolvimento sustentável".

"As Nações Unidas desafiam-nos a dar visibilidade a uma causa que deve mobilizar todos", afirma o chefe de Estado.

Em 2020 e 2021, neste dia internacional, o Palácio de Belém foi iluminado de cor laranja para dar visibilidade à causa do combate à violência contra as mulheres.

Em 2022, a Presidência da República decidiu que o Palácio de Belém não teria a habitual iluminação de Natal nem "outras simbólicas iluminações especiais", para poupança de energia.

No Funchal, para assinalar esta data, a autarquia realizará uma cerimónia para lembrar as mulheres mortas, vítimas de violência.

Funchal homenageia vítimas no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

O Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres é assinalado, anualmente, a 25 de Novembro.

Hoje também é notícia:

A Câmara de Lisboa "vai recordar e assinalar" hoje o 25 de novembro de 1975 com várias iniciativas na cidade, apesar do voto de condenação aprovado em outubro pelo executivo municipal.

Na quinta-feira, em declarações à Lusa, em Brasília, o presidente do município, Carlos Moedas (PSD), salientou ser muito importante celebrar as datas que marcaram a História, considerando que o 25 de Novembro de 1975 corresponde a uma "passagem para um Portugal livre, democrático".

A programação terá início às 11:00, com deposição de uma coroa de flores em homenagem aos militares tenente José Coimbra e furriel Joaquim Pires, na Calçada da Ajuda, e às 12:15 terá lugar a cerimónia comemorativa do 48.º aniversário do 25 de novembro, no salão nobre dos Paços do Concelho.

A conferência "Democracia e Liberdade: Cumprir Abril em novembro", pelas 15:00, levará ao Palácio Galveias, ao Campo Pequeno, o presidente da Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, Álvaro Beleza, e o analista político José Miguel Júdice.

A iniciativa surge após o executivo municipal ter aprovado, em 11 de outubro, um voto de condenação pelo anúncio das comemorações do 25 de novembro pelo presidente da autarquia, proposto pelo PCP, por constituir "uma tentativa de menorizar a dimensão e significado da Revolução de Abril". O voto foi aprovado com votos a favor de PS, BE, PCP, Cidadãos por Lisboa e Livre e contra de PSD e CDS-PP.

CULTURA

O Prémio Camões 2020 vai ser entregue hoje, na Universidade do Minho, em Braga, à família do ensaísta e professor universitário Vítor Manuel de Aguiar e Silva, que morreu em 2022 sem chegar a receber o galardão.

Vítor Aguiar e Silva foi escolhido pelo júri naquele ano, o primeiro da pandemia de covid-19, em reconhecimento pela "importância transversal da sua obra ensaística, e o seu papel ativo relativamente às questões da política da língua portuguesa e ao cânone das literaturas de língua portuguesa", lia-se no comunicado divulgado no seguimento da reunião do júri da 32.ª edição do Prémio Camões.

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum". Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga.

O vencedor de 2022, o brasileiro Silviano Santiago, só recebeu o prémio este mês, enquanto a moçambicana Paulina Chiziane teve a cerimónia de entrega do prémio de 2021 em maio deste ano e a distinção de 2019 foi entregue ao brasileiro Chico Buarque em abril deste ano também.

INTERNACIONAL

O ministro dos Negócios Estrangeiros português e a homóloga eslovena visitam hoje a Jordânia e o Egito para abordar com os respetivos homólogos as perspetivas de paz no Médio Oriente.

Neste segundo dia de visita à região, depois de se terem deslocado a Israel e Palestina na sexta-feira, João Gomes Cravinho e Tanja Fajon focam-se no diálogo sobre a situação atual e as perspetivas de paz na região com dois parceiros regionais de relevo.

Hoje de manhã, os dois ministros reúnem-se em Amã com o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros jordano, Ayman Safadi.

À tarde, já no Egito, têm uma reunião prevista com o homólogo, Sameh Shoukry, assim como um encontro de cortesia com o Presidente da República, Abdel Fattah el-Sisi.