123 mortos e 39 feridos hospitalizados. Foi este o balanço feito pelo DIÁRIO, na edição de 20 de Novembro de 1977, à queda de um avião da TAP na pista do Aeroporto de Santa Catarina, como era denominado, nessa época, o agora Aeroporto Internacional da Madeira.

O boing 727 ficou completamente destruído depois de ter ‘deslizado’ na pista de Santa Catarina, numa noite de intensa chuva, que até já tinha levado ao encerramento temporário do aeroporto. O avião aterrou no sentido Machico – Santa Cruz, galgou a última cabeceira da pista, acabando por sobrevoar o troço contíguo da EN 101, indo despenhar-se alguns metros mais à frente sobre o caminho municipal de Santa Cruz, abatendo na zona do calhau.

As vítimas mortais acabariam por ser recolhidas para a Capela da Misericórdia, em Santa Cruz. A viagem ligava Bruxelas à Madeira, com uma escala em Lisboa. A aeronave acabou mesmo por incendiar-se, dada a brutalidade do acidente, mas houve quem sobrevivesse. Os feridos seriam transportados ao hospital em ambulâncias dos Bombeiros Municipais de Santa Cruz, mas também em táxis e carros particulares, que acudiram ao local com o intuito de ajudar possíveis vítimas.

Na promenade de Santa Cruz, junto à cabeceira do aeroporto, encontra-se erguido um monumento em memória destas vítimas. Construído com alguns destroços deste acidente, é uma lembrança constante do sucedido.