Um parque verde com zona balnear e várias torres de habitação. Era este o plano de pormenor da Praia Formosa, apresentado em reunião de Câmara em Novembro de 1998.

O projecto estava concebido para “atrair a família tradicional madeirense” e pretendia dar vida àquela zona do Funchal ao longo de todo o ano, uma vez que era quase exclusivamente procurada durante os meses balneares. Parque infantil, bancos de jardim, recintos desportivos, restaurantes, esplanadas, quiosques de gelados e café e bares de apoio. Eram estes os espaços que constavam do projecto. Além disso, a autarquia pretendia um reforço dos transportes públicos.

Quanto à filosofia do projecto, Miguel Albuquerque, à época presidente do Governo Regional, falava em "compatibilizar o interesse do público com o dos donos dos terrenos, que poderão construir junto à falésia mediante projectos que já estão definidos e não permitem uma anarquia urbanística".

Já no que respeitava às torres de habitação, o projecto previa a construção de 15 torres, que deveriam ser erguidas em obediência a projectos-tipo garantes da harmonia do espaço em questão. "A zona habitacional, uma vez que ficará encostada à falésia, em nada agredirá a paisagem", acreditava Miguel Albuquerque.