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Arábia Saudita pede à China que seja votado um cessar-fogo na ONU

Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A Arábia Saudita pediu hoje à China que pressione o Conselho de Segurança das Nações Unidas a votar uma resolução de cessar-fogo e se levante "o cerco" à Faixa de Gaza, intensamente bombardeada por Israel e à beira de uma catástrofe humanitária.

O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan, transmitiu este pedido ao seu homólogo chinês, Wang Yi, através de um telefonema, informou a agência oficial de notícias saudita SPA. A China é membro permanente do Conselho de Segurança.

O chefe da diplomacia saudita apelou à China para "trabalhar para garantir que o Conselho de Segurança assuma a sua responsabilidade de manter a paz e a segurança internacionais e pressione pela cessação imediata das operações militares e pelo levantamento do cerco a Gaza", segundo a mesma nota de informação.

Bin Farhan destacou "a importância do Conselho para implementar decisões sobre a causa palestina", particularmente aquelas que estabelecem uma solução "justa, abrangente e sustentável".

Durante a chamada, segundo a agência saudita, ambos enfatizaram a "importância de parar todas as formas de ataques contra civis e o compromisso de todas as partes no conflito com o estipulado no direito internacional".

Esta iniciativa surge depois de o representante da Rússia na ONU, Vasili Nebenzia, ter afirmado na sexta-feira que o seu país propôs uma resolução ao Conselho de Segurança para apelar a um cessar-fogo em Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária.

O embaixador garantiu que pediu que a resolução fosse votada o mais rapidamente possível, embora não tenha sugerido uma data.

Por seu lado, Wang Yi afirmou também na sexta-feira que Pequim prestará assistência humanitária à Faixa de Gaza através dos canais das Nações Unidas e defendeu que a solução de "dois Estados" é a única viável a longo prazo para o Médio Oriente.

Também disse que a China comunica com as duas partes e participará nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU para "proteger os civis".

O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.