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Boa Noite

Um azar nunca vem só

Conheça quatro casos de infortúnio em destaque nesta sexta-feira 13

Boa noite!

A sexta-feira 13 inspira-nos!

Um azar nunca vem só. Que o diga Miguel Albuquerque que, por coincidência, voltou a ser apanhado fora da Região quando mais uma desgraça bateu à porta de muitos conterrâneos, alegadamente em viagem privada, conforme garantiu ontem Pedro Ramos. Só que pelos vistos houve engano do secretário chamuscado nos últimos dias, já que o presidente do Governo esteve em Amesterdão a anunciar a criação de um Centro de Negócios Bitcoin na Madeira, com intuito de "ajudar os locais com a transição para o novo paradigma monetário". Numa ilha experimentada em esquemas, piramidais ou similares, que deixaram muitos com dinheiro a arder, não faltam doutorados em soluções de sustentabilidade duvidosa.

Um azar nunca vem só. Que o digam os lesados pelos últimos incêndios de origem criminosa na Madeira. É que para além de perdas e sustos, alegadamente causados por um incendiário já detido, ainda viram grande parte do seu sustento futuro comprometido. Numa ilha em que a atractividade é ditada pela natureza e pela paisagem, pela Laurissilva e pelas levadas exibir cinza em vez de verde, mostrar destruição em vez de beleza e inalar fumo em vez de ar puro não é o melhor dos cartazes.

Um azar nunca vem só. Que o digam os que sem ar condicionado em casa transpiram que se fartam num Outubro quente sem precedentes e que mau grado o uso de repelentes ou de raquetes chinesas, são sistematicamente picados por melgas e mosquitos, vivam em Santa Luzia ou em São Roque, no Monte ou na Sé. A bicharada está por todo o lado, uma realidade incómoda que se verificava mesmo antes do acordo de incidência parlamentar do PSD com o PAN.

Um azar nunca vem só. Que o digam os eslovacos que experimentaram esta noite o instinto goleador do madeirense mais mediático de sempre e os invejosos que em Portugal já o davam como acabado. No jogo 202 de quinas ao peito, Cristiano Ronaldo atinge os 125 golos pela selecção nacional e ajuda a selar o apuramento mais prematuro de sempre para uma fase final de uma grande competição. Se estamos já no Euro2024 há também mérito da ‘madeirensidade’! Azar para os que não suportam que tamanho talento tenha sotaque como o nosso e que sinta quão motivadora é a palavra de conforto na hora de dor colectiva.