O PS, numa conferência de imprensa que se realizou esta manhã, voltou a tecer duras críticas a Miguel Albuquerque, afirmando que PSD e CDS não foram capazes de cumprir com metade do programa de governo e que os problemas da Região só pioraram com Albuquerque no poder.

Sérgio Gonçalves acusa o presidente do Governo Regional de voltar a prometer aquilo que não teve capacidade para cumprir nesta legislatura, dando o exemplo da ligação do Curral das Freiras a Câmara de Lobos, "uma promessa com várias décadas, nunca cumprida e que o presidente do Governo Regional voltou ontem a prometer aos cidadãos".

“Os resultados desta governação são os níveis de pobreza superiores a qualquer outra região do país, que levam muitos jovens à emigração, ou por falta de oportunidades, ou devido aos baixos salários ou devido aos elevados preços do imobiliário, algo que ainda hoje faz manchete num jornal regional”, disse o presidente do PS-Madeira.

O socialista fez questão de salientar que "estes problemas não são novos, mas que, apesar das promessas, tenderam a se agravar nos últimos anos e temos um Governo Regional que continua a prometer e prometer, sobretudo agora em ano de eleições, mas o que os madeirenses continuam a assistir é o habitual despesismo, as mesmas opções políticas do passado, a milhões de euros injetados nas Sociedades de Desenvolvimento, ao alargamento dos Conselhos de Administração de empresas e organismos públicos e a nomeações políticas que custam 33 milhões de euros por ano, em ‘tachos e tachinhos’ para acomodar as clientelas partidárias do PSD e do CDS”.

“Os madeirenses estão fartos de promessas e querem é ver os seus problemas resolvidos”, pediu.

Em resposta às acusações ontem proferidas por Miguel Albuquerque sobre uma suposta interferência do PS com providências cautelares aos projectos do Governo, Sérgio Gonçalves considerou serem “delírios do presidente do Governo Regional”, lembrando que "o PS defende as suas posições com base nas suas ideias e naquilo que ouve da população nos locais próprios, como é o caso da Assembleia Legislativa da Madeira".