Carlos Pereira chamado à Praça Amarela

A constante ocorrência de situações de polarização entre o Governo do PSD Madeira e decisões do Governo central do PS tem de ter uma solução do ponto de vista político. Primeira a Madeira, depois o Partido e só depois o interesse pessoal.

Ainda esta quarta-feira, enquanto o PS M era confrontado na ALR pelo PSD, o costume, por uma eventual decisão ministerial relacionada com o contingente de vagas universitárias insulares, no mesmo dia, o cabeça de lista do PSM à República, anunciava, “urbi et orbi” que a questão estaria garantida, ultrapassada, resolvida, sanada.

O mesmo já se passara com as questões da mobilidade e da majoração. Ora, antes dos jornais, o deputado escolhido pelos órgãos regionais do seu partido como cabeça de lista do PS à Assembleia da República deve informar esses órgãos. Não sei se o faz. Mas se não o faz deve fazê-lo. A não ser assim, deve ser chamado a informar os referidos órgãos, os membros desses órgãos e os militantes do Partido a que aderiu por moto próprio e circunstâncias várias, salvo os deveres de reserva, que, pelos vistos não existem para estes casos que vêm a público e publicadas por indução do próprio.

Ao contrário do que dizem os populistas, os Partidos são essenciais à democracia. O doutor Carlos Pereira deve contas ao Partido, aos militantes e aos cidadãos portugueses em geral e aos madeirenses em particular. Sob pena de dificultar o combate político, se há falta de informação, os representantes do seu partido na nossa Assembleia Legislativa. Se não informa, devia informar – o Partido que o elegeu para o representar no parlamento nacional. Os deputados respondem perante o povo, mas respondem de acordo com o programa de um partido, não de acordo com a uma eventual agenda pessoal, que nunca pode sobrepor-se a esse programa que os eleitores sufragaram com o seu voto.

Miguel Fonseca