Madeira

Carlos Pereira garante que contingente de acesso ao ensino superior não será alterado

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O contingente especial de acesso ao ensino superior, reservado às regiões autónomas, não deverá ser alterado. Quem o garante é Carlos Pereira, deputado do PS-Madeira na Assembleia da República e vice-presidente da bancada socialista.

"No final da semana passada fomos todos surpreendidos com uma notícia que dava conta que o governo da República, através do ministério do ensino superior, se preparava para dar corpo à vontade de algumas opiniões no território continental, para acabar com o contingente de acesso ao ensino superior das regiões autónomas", recorda o deputado. O corte, como foi noticiado, poderia chegar a 43% das vagas reservada aos Açores e à Madeira.

"Em primeiro lugar, não cheguei a conhecer qualquer texto formal sobre esta matéria. Também é importante sublinhar que nenhum membro do ministério do Ensino Superior me contactou ou abordou o tema ou, em alternativa, procurou avaliar as consequências de uma matéria desta natureza, que agravaria o contexto de acesso dos nossos estudantes", sublinha o deputado.

Carlos Pereira considera que o argumento que, "com a existência de uma universidade na Madeira deixava de fazer sentido o contingente, que foi alcançado com grande esforço, mas também justiça", é pouco credível.

"Na verdade, a UMa não tem todos os cursos e uma Região Ultraperiférica deve continuar a beneficiar deste importante mecanismo e isto é claramente, do meu ponto de vista, uma linha vermelha que, enquanto cabeça de lista, jamais permitiria ou aprovaria", assegura.

Foi neste contexto que o deputado desenvolveu vários contactos durante o fim de semana , em conjunto com o deputado do PS-Açores Francisco César, junto de vários responsáveis do PS e membros do governo, mas também junto do gabinete do primeiro-ministro.

"Neste momento é possível informar que há garantias que o contingente se manterá e que os estudantes madeirenses manterão as mesmas condições que até agora tiveram. Considero que este esforço de negociação e contra-argumentação junto do governo foi muito bem aceite e acabou por assegurar o único caminho aceitável", assegura.