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Delegação chinesa proibida de entrar no Palácio de Westminster

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Uma delegação do Governo chinês foi hoje impedida de entrar no Palácio de Westminster, a sede do Parlamento Britânico, onde o corpo de Isabel II se encontra em câmara ardente, informou hoje a estação televisiva BBC.

A presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, rejeitou o pedido da delegação chinesa, que ia prestar homenagem a Isabel II, devido às sanções que o país asiático impôs contra cinco deputados e dois lordes britânicos, de acordo com a mesma fonte.

Prevê-se que o caixão da monarca, que morreu aos 96 anos, no dia 8 de setembro, em Balmoral, na Escócia, fique na sede do Parlamento britânico até ao seu funeral de Estado, que se realiza na segunda-feira.

No ano passado, a China impôs sanções a viagens e congelou os ativos de nove britânicos - incluindo sete parlamentares -- que acusaram Pequim de violar os direitos de membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, na região de Xinjiang.

O embaixador chinês no Reino Unido foi já proibido de entrar no Parlamento. A proibição estendeu-se agora à delegação chinesa, que quis prestar homenagem à rainha na capela funerária.

No entanto, espera-se que o vice-presidente chinês compareça ao funeral de Estado de segunda-feira, que se realiza na Abadia de Westminster, perto do Parlamento.

Em setembro passado, os presidentes da Câmara dos Lordes (superior), John McFall, e dos Comuns (inferior), Lindsay Hoyle, indicaram ao embaixador chinês em Londres que não pode aceder ao Parlamento devido às referidas sanções.

O Governo chinês considerou aquela medida "desprezível e covarde".

Um grupo de sete deputados e lordes, incluindo ex-ministros conservadores como Iain Duncan Smith e Tim Loughton, exortou na quinta-feira o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico a retirar o convite dirigido ao Presidente chinês, Xi Jinping, para o funeral, embora seja improvável que ele compareça.

Esses parlamentares sustentam que seria "totalmente inadequado" que o Governo chinês tivesse representação nesse serviço devido ao seu histórico de abuso dos Direitos Humanos.