Mundo

Número de migrantes e refugiados venezuelanos subiu para 6,81 milhões

None
EPA/MIGUEL GUTIERREZ

A ONU atualizou em alta, para 6,81 milhões, o número de migrantes e refugiados venezuelanos que nos últimos anos abandonaram o seu país para escapar à crise política económica e social que afeta a Venezuela.

Os dados foram atualizados pela Plataforma de Coordenação Interagências para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), da ONU, que em julho de 2022 dava conta de que 6,15 milhões de venezuelanos estavam no estrangeiro.

Os dados divulgados centram-se na América Latina e Caraíbas, onde, segundo a R4V, estão agora radicados 5,75 milhões de venezuelanos (5,09 milhões em julho de 2022).

O registo dá conta de um aumento de imigrantes venezuelanos na Colômbia, Brasil, Bolívia, Uruguai, Argentina, Panamá, Costa Rica, na Guiana e no Curaçau.

Também apontam uma "leve" diminuição do número de cidadãos naturais da Venezuela no México, Peru e Equador.

No entanto, não precisa o número de venezuelanos nos EUA, apesar de representantes do Centro de Direitos Humanos da Universidade Católica Andrés Bello (de Caracas), afirmarem que a emigração para esse país está a aumentar.

Segundo a R4V, a Colômbia continua a ser atualmente o país da região com maior número de migrantes e refugiados venezuelanos, 2,48 milhões, seguindo-se o Peru (1,22 milhões), o Equador (502,2 mil), o Chile (448,1 mil) e o Brasil, com 358,4 mil.

No Panamá estão atualmente 144,5 mil venezuelanos, no México 82,9 mil e na Costa Rica 20,1 mil.

Na região do Cone Sul, a Argentina é o país com mais venezuelanos (171 mil), seguindo-se o Uruguai (22 mil), a Bolívia (13,8 mil) e o Paraguai (5,9 mil).

Na área das Caraíbas, 115,3 mil venezuelanos estão na República Dominicana, 28,5 mil em Trindade & Tobago, 19,6 mil na Guiana, 17 mil em Aruba e 17 mil no Curaçau.

Há ainda 1,06 mil venezuelanos em outros países do mundo, segundo a R4V.

A Venezuela tinha, em finais de 2020, uma população de 28.515.829 pessoas.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o então presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas.

Em setembro de 2021, a Organização de Estados Americanos alertou que a emigração de venezuelanos poderá atingir os sete milhões ainda em 2022, superando os 6,7 milhões do êxodo verificado na Síria.