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Macau continua a barrar entrada de não vacinados vindos do estrangeiro

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Macau vai continuar a exigir a vacinação completa contra a covid-19 a todos os passageiros que queiram viajar do estrangeiro para a região, que anunciou ontem a redução da quarentena de 10 para sete dias.

"Se não se vacinarem, não reúnem condições sequer para embarcar no voo de regresso a Macau", mesmo que sejam residentes locais, disse hoje, numa conferência de imprensa, Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

A região administrativa especial chinesa vai reduzir, a partir de sábado, o período de quarentena para "as pessoas que entrem em Macau provenientes de países estrangeiros, da Região Administrativa Especial de Hong Kong ou da Região de Taiwan".

Além dos sete dias de observação médica num hotel designado pelas autoridades, continua a ser necessário cumprir mais três dias de autogestão, sublinhou o centro, num comunicado.

A medida aplica-se a quem tiver "concluído todos os procedimentos de vacinação contra o novo tipo de coronavírus" e apresentado resultados negativos no teste à chegada a Macau, assim como nos testes durante o período de quarentena.

Macau, que tinha registado cerca de 80 casos desde janeiro de 2020, foi atingido em junho pelo pior surto enfrentado desde o início da pandemia, que infetou mais de 1.800 pessoas, a maioria casos assintomáticos, e provocou seis mortos, todos idosos com doenças crónicas.

Dos casos de covid-19 em Macau, 19% não estavam vacinados e menos de metade tinham as três doses, disseram em 30 de junho as autoridades de saúde, que consideraram a taxa de não vacinados "muito alta".

O médico adjunto da Direção do Hospital Conde de São Januário, Lei Wai Seng, voltou hoje a apelar à população para que se vacine, sobretudo aos idosos.

Em maio, as autoridades ofereceram aos idosos, a faixa etária com uma taxa mais baixa de imunização, 'vouchers' até um valor máximo de 250 patacas (30 euros) como forma de incentivo para a vacinação.

O Governo tem frisado que uma elevada taxa de vacinação poderá permitir flexibilizar as medidas de controlo fronteiriço, que têm tido um impacto negativo no turismo, praticamente a única indústria no território.

As fronteiras com a China continental estão virtualmente encerradas desde o início do surto, em 18 de junho. Algo que levou os casinos a registarem em julho o pior resultado, em termos de receitas, desde pelo menos 2003.

Desde 21 de fevereiro que Macau exige um certificado de vacinação a maiores de 12 anos vindos de Hong Kong e Taiwan, uma medida que já se aplicava a passageiros de voos internacionais.