Alerta sobre duas palmeiras da Quinta Magnólia

Há árvores que morrem de pé, mas muitas delas não têm esse final, pois viu-se isso em Porto Santo onde em tempos caiu uma palmeira e alguém não saiu vivo daquela tragédia nem tão pouco, que se saiba, quem quer que seja foi responsabilizado por negligência. E também no Monte, a queda de árvores com um desfecho ainda mais trágico dado o número elevado de vidas ceifadas e feridos em estado grave onde a busca de responsáveis continua sem términus à vista.

A fim de se evitar situação idêntica que acredito piamente ninguém desejará que volte a repetir-se, decidi fotografar duas palmeiras existentes na Quinta Magnólia e que a meu ver, salvo melhor opinião, talvez um dia obriguem algumas pessoas a carpir lágrimas de crocodilo sem o querer, dado o estado anacrónico quer das suas raízes quer do seu suporte que podem desenhar outra tragédia para as quais todos saibamos possa não haver tantos lenços de papel para alguns dos carpideiros.

Dirigi ao Senhor Secretário da Saúde e Presidente da Proteção Civil um e-mail, onde expus a situação relativa às duas palmeiras com fotos demonstrativas da sua perigosidade de queda, tendo a dita Secretaria (por presumivelmente achar não ser da sua competência a análise e resolução do teor do referido email) endereçado um ofício em 13 de Julho último ao seu colega da Secretaria das Infraestruturas sob o número de saída 2752, o qual anexava as preocupações por mim descritas e levadas à instância da Proteção Civil Regional, assim como as fotos que demonstram o estado descarnado das bases das ditas palmeiras.

Passado mais de um mês sobre o meu email e sem que resposta ou solução alguma se vislumbre, continuo com a plena perceção do perigo ali existente. Dado que diariamente passam por aquelas palmeiras bastantes adultos e crianças frequentadores dos vários espaços da Quinta Magnólia, teria muito gosto para meu sossego de cidadão responsável de ser informado de qualquer peritagem que, a existir, possa determinar a erradicação ou não daquelas ditas árvores, pois conforme antes referi, as suas bases se encontram emaranhadas numa amálgama de raízes que presumo envelhecidas, tendo como base de sustentação pedregulhos sem à vista haver vestígios de terra nenhuma que as suporte. E o porte de uma delas é bastante vigoroso, registe-se!!!...

Deixei o meu alerta à entidade que julgava ser a correta destinatária e principal zeladora para que se evite qualquer tragédia. Sem resposta até hoje, sublinhe-se. E faço-o de novo aqui.

Desejo ardentemente que por inércia ou simples assobios de alguns para as estrelas, ninguém venha a sair-se mal desta questão. Se me provarem que tudo está bem, que as palmeiras já ali estão há muitos anos e nada aconteceu ainda devido ao considerável bom estado das mesmas, que não apresentam perigo algum (o que não me parecerá verdadeiro de todo) digam-me isso mesmo para então, e porque não acredito muito nessa tese descansar um pouco mais mas não deixando, eu e os meus netos de nos desviarmos sempre para bem longe das ditas palmeiras sitas na dita Quinta Magnólia mais propriamente no cimo das escadarias conducentes aos campos de padel e cafetaria. Alarmista e exagerado são adjetivos que a serem-me dirigidos colidirão certamente com outros tais como responsável e preocupado estes sim mais consentâneos com a realidade passível de ser vislumbrada in loco.

Jorge Gomes