Madeira

Valor Acrescentado Bruto das filiais estrangeiras caiu mais ainda do que as com sede na RAM

Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress
Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress

Em 2020, existiam 204 filiais de empresas estrangeiras na RAM, +7,4% face a 2019, correspondendo a 2,1% do total das sociedades não financeiras, a mesma percentagem que no país. Estes números definitivos, revelados hoje pela Direcção Regional de Estatística da Madeira são superiores aos provisórios  divulgados em Dezembro do ano passado. Na altura, as filias contabilizadas eram 196, com crescimento de 3,2% face a 2019 e representavam 2% das sociedades não financeiras com actividade na Região. 

O mesmo acontece com os restantes números, com destaque para o valor acrescentado bruto (VAB). Mas já lá vamos. "As filiais estrangeiras da RAM empregavam cerca de 2.993 pessoas (-6,2% do que no ano anterior), representando 3,8% do total do emprego das sociedades não financeiras desta região (17,7% no país). Em termos médios, cada filial empregava 15 pessoas em 2020, valor superior ao das sociedades com sede na RAM (6 pessoas)". Os dados provisórios apontavam a 3.051 pessoas (-4,4% do que no ano anterior), representando 5,2% do total do emprego das sociedades não financeiras desta região (17,8% no país). Em termos médios, cada filial empregava 16 pessoas em 2020, valor superior ao das sociedades com sede na RAM (6 pessoas)". Ou seja, apesar de haverem mais empresas nestes dados definitivos, foram calculados menos trabalhadores.

O Volume de Negócios (VVN) das filiais estrangeiras na RAM "diminuiu 36,8% (5,8% do peso do total do VVN das sociedades não financeiras regionais), entre 2019 e 2020, para os 275,0 milhões de euros", frisa a DREM. Há sete meses, os números eram estes: O VVN diminuíra 30,6% (5,6%) para os 302,3 milhões de euros. Ou seja, foram calculados menos 27,3 milhões de euros de volume de negócios no ano da pandemia.

Por fim, o indicador que mais baixou, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) das filiais estrangeiras na RAM "foi de 89,9 milhões de euros, concentrando 7,1% no total do VAB das sociedades regionais. Face ao ano precedente verificou-se uma quebra de 41,6%, substancialmente superior à redução de VAB do conjunto das sociedades com sede na RAM, que foi de 22,8%", diz a DREM. Ora, nos dados provisórios calculavam o VAB em 96,6 milhões de euros, 7,9% no total do das sociedades regionais e a quebra era de apenas 37,2%, também bem acima das sociedades com sede na RAM, -26,5%, cujos indicadores negativos foram melhorados agora.

O que não mudou foi o país de origem do controlo de capital com maior peso em termos do número de filiais da RAM, no caso o Brasil (27,5%) e o sector de actividade do 'Comércio', dos 'Outros serviços' e da 'Construção e Actividades Imobiliárias', que mantiveram os números de 71, 55 e 35 filiais estrangeiras, respectivamente.