Em 1901 nasce oficialmente a União Velocipédica Portuguesa. A primeira Volta a Portugal, realizou-se em 1927, que teve 10 etapas, num percurso de 1965 km, tendo sido o primeiro vencedor António Augusto Carvalho e por equipas venceu o Carcavelos. É uma das modalidades que atrai milhares de fervorosos e apaixonantes adeptos espalhados por este País, e que enchem as bermas das estradas, modalidade que tem dado grandes nomes a este pequeno e retangular País, plantado no mais ocidental da Europa, e da língua do grande poeta Luís de Camões.

O ciclismo que tem a paixão de milhares de Américo Silva; Belmiro Silva; Fernando Mendes; Firmino Bernardino; João Roque; o grande fenómeno sempre campeão, Joaquim Agostinho; Joaquim Andrade; Joaquim Gomes; Joaquim Leão; Jorge Corvo (o eterno 2º. Classificado); José Maria Nicolau; José Ribeiro da Silva; Leonel Miranda; Manuel Zeferino; Marco Chagas; Mário Silva; Peixoto Alves; Rui Costa e Sérgio Paulinho e o sempre inesquecível veterano do pelotão, o Venceslau Fernandes, mas para além destes, decerto que há muitos mais, que podiam com toda a certeza caber neste espaço, mas infelizmente o autor não se recorda de momento de mais.

Realiza-se este ano a 83ª. Volta a Portugal em Bicicleta que vai correr de 4 a 15 de Agosto de 2022, começando com o Prólogo em Lisboa, e terminando em Vila Nova de Gaia Contrarrelógio, no total de 12 etapas.

Mais um ano em que a volta a Portugal, não visita o sul do País, isto é não percorre as planícies alentejanas e não vai até às terras do Rei D. Sancho I, o primeiro rei dos Algarves.

Não será por certo uma lacuna da organização desta volta, mas a imagem própria de um País de “tanga”, onde não abundam verbas suficientes disponíveis das câmaras e publicidade para poder suportar os custos de tamanha organização. Vamos aguardar por dias melhores.

Mário Silva Jesus