Atropelos ambientais

Venho desta forma expor vários atentados ambientais que tenho constatado na iIlha Dourada.

Quero da mesma forma enfatizar que a zona dunar faz parte de um ecossistema exíguo e extremamente sensível que com o andar dos anos e com a crescente pressão demográfica tem atingido quase o ponto de rotura irreversível em quase toda a sua extensão.

Felizmente noto também a preocupação em protege-la com a colocação de cordões estacados tentando limitar o acesso á mesma, sendo tal iniciativa manifestamente não suficiente para a sua preservação e em parte convivendo lado a lado com passadiços de madeira longitudinais á duna colocados por unidades hoteleiras e interferindo com o natural movimento das areias. Não quero com isto dizer que se vá limitar o acesso humano á praia completamente, mas com a mínima sensatez, os mesmos devem ser feitos sempre da forma transversal e o menos longo possíveis de modo a reduzir o processo erosivo provocado pelo transito de veraneantes.

Despejo de águas saturadas provenientes de desalinizadoras de unidades hoteleiras em pleno cordão dunar interferindo com a fauna e flora existentes, quando as mesmas deveriam ser vazadas no oceano.

Poluição luminosa desnecessária com holofotes led e postes de iluminação durante toda a noite, privando a fauna de aves marinhas e mamíferos voadores assim como insectos do natural crepúsculo nocturno.

Tudo me leva a crer que estas acções levadas a cabo por unidades hoteleiras que se dizem amigas do ambiente, foram feitas de forma imponderada que, muito provavelmente terão um impacto negativo na imagem da mesma ,mas ‘á mulher de Cesar não basta parecer séria, ela tem de ser séria!’

Rafael Gomes